<iframesrc=" ns.html?id="GTM-MZDVZ6&quot;" height="0" width="0" style="display:none;visibility:hidden"> ANBIMA revisa projeção e traça Selic de 6,25% até o fim deste ano – ANBIMA

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ANBIMA revisa projeção e traça Selic de 6,25% até o fim deste ano

 

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) estima um novo corte de 0,25 ponto percentual na Selic após a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que termina hoje. De acordo com o grupo, esta deve ser a última queda do ano, com os juros permanecendo a 6,25% até dezembro.

Os resultados da inflação em abril, que vieram abaixo do que o mercado esperava, e a sinalização de que o Banco Central estaria disposto a realizar cortes adicionais na meta da taxa Selic, contribuíram para a reavaliação das estimativas, de acordo com o comitê. A maior parte dos economistas do grupo indicou que a recente desvalorização do Real não deve interferir nesse corte.

Em relação ao IPCA (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) de 2018, o comitê manteve a projeção anterior, de 3,6%. Já para o PIB (Produto Interno Bruto), as estimativas foram revistas para baixo: a previsão de 3%, apresentada na última reunião do grupo, passou para 2,4%. Esta é a primeira sinalização de queda do PIB desde julho do ano passado.

Para o comitê, a recuperação de setores mais sensíveis às reduções das taxas de juros, como o de produção de veículos, vem ocorrendo em contraponto ao fraco desempenho dos segmentos que dependem da renda da população, como o de serviços. O quadro está em linha ao baixo dinamismo do mercado de trabalho, refletido nas taxas de desemprego que continuam bastante elevadas. Segundo o grupo, a postura de maior precaução do consumidor após três anos de recessão também pode estar contribuindo para a demora da recuperação da economia.

Mercado externo e dólar
Para o comitê da ANBIMA, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), deve realizar quatro elevações na taxa de juros norte-americana ainda neste ano, decorrentes da recuperação da economia e da trajetória de inflação próxima a 2%. Este quadro pode inaugurar um ambiente menos favorável aos mercados emergentes, segundo avaliação do grupo, com a provável manutenção do dólar mais valorizado frente às demais moedas. Além disso, as crises simultâneas na Argentina, Turquia, África do Sul e Brasil podem piorar a percepção do investidor quanto às condições econômicas dos países deste grupo, elevando a aversão ao risco e reduzindo os investimentos para essas regiões.

Em relação ao dólar, o comitê elevou a projeção de R$ 3,27, divulgada na reunião anterior do grupo, para R$ 3,50 no fim de 2018. Caso as expectativas se concretizem, haverá desvalorização de 5,8% na moeda doméstica no ano.

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da ANBIMA é composto por 25 economistas de instituições associadas. Eles se reúnem a cada 45 dias em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.

Confira o relatório completo aqui.