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ANBIMA projeta Selic de 8,0% para o fim de 2017

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, deve reduzir a taxa Selic em 1 ponto percentual, dos atuais 10,25% para 9,25%, na reunião que termina amanhã, 26. A estimativa é do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que projeta ainda ritmo gradual aos cortes, com os juros encerrando este ano a 8,0%. Em maio, essa previsão era de 8,5%.

“No curto e médio prazos, acreditamos que o crescimento do PIB permaneça lento, com a inflação baixa. Isso permitirá ao Banco Central manter a Selic a um dígito, em contínua redução até dezembro”, afirma Marcelo Carvalho, presidente do Comitê Macroeconômico da ANBIMA. Em relatório, os economistas que integram o grupo avaliam que a autoridade monetária deve cortar a taxa em 0,75 ponto percentual em setembro e em 0,50 em outubro. As estimativas do grupo variaram entre 7,0% e 8,75% para o encerramento do ano, refletindo as incertezas quanto à trajetória da Selic nos próximos meses.

Quanto à inflação, o Comitê revisou a projeção da mediana do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2017 de 4,0% para 3,45%, em relação às estimativas feitas em maio. A maior parte das projeções concentrou-se no intervalo entre 3,5% e 4,0%. Vale ressaltar que as previsões para inflação já contemplam os impactos do aumento da tributação sobre os combustíveis anunciados no dia 20 de julho. Em função deste evento, a mediana do IPCA também foi corrigida de 4,03% para 4,07% em 2018.

PIB

Os economistas do Comitê da ANBIMA reduziram a estimativa do PIB de 2017 para 0,3% frente à projeção anterior de 0,5%, feita em maio. Para o segundo trimestre, a estimativa caiu para 0,1%, contra 0,2% observado na reunião anterior. Já para o terceiro e o quarto trimestre, as projeções foram reduzidas de 0,4% para 0,1% e de 0,5% para 0,4%, respectivamente.

Em relação à atividade, o grupo identificou recuperações pontuais em alguns indicadores, porém acredita que o cenário permanece desafiador. Entre os pontos positivos, foram destacados o aumento nas vendas de automóveis e a melhora moderada  do crédito para as pessoas físicas. Com exceção do segmento agropecuário, a maior parte dos analistas não identifica setores que possam liderar um ciclo de recuperação sustentada da economia nos próximos meses.

Dólar e cenário externo

O Comitê da ANBIMA manteve as projeções de câmbio feitas na última reunião de maio. De acordo com o grupo, o dólar deve encerrar 2017 a R$ 3,30, o que corresponderia a desvalorização anual de 1,25% da moeda doméstica. Metade das estimativas concentrou-se no intervalo entre R$ 3,30 e R$ 3,50 e 39% delas ficaram entre R$ 3,00 e R$ 3,30.

Os economistas avaliaram ainda que a conjuntura externa está favorável para os mercados emergentes. Entre os fatores apontados, destaque ao maior gradualismo no processo de elevação dos juros americanos. Segundo o grupo, o movimento é refletido no mercado de câmbio, com o dólar registrando desvalorização em relação às demais moedas nas últimas semanas.

O Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da ANBIMA é composto por 25 economistas de instituições associadas. Eles se reúnem a cada 45 dias, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.

Confira o relatório completo aqui.

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.