Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) têm ganhado força como opção de investimento. No primeiro semestre de 2017, cresceu em cinco pontos percentuais a parcela dos CDBs entre os diversos títulos vendidos pelos bancos, passando de 42%, no fim de 2016, para 47%, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O movimento reverte a tendência de queda dos CDBs, cuja participação entre os investimentos havia caído de 90% para 39% entre 2010 e 2015, influenciada pelas emissões de Letras Financeiras, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito Agrícola) naquele período.

A redução dos créditos imobiliário e agrícola, que servem de lastro às LCIs e LCAs, e o quadro de maior aversão ao risco por parte dos investidores contribuíram para o aumento das aplicações em CDBs a partir do ano passado. Esses títulos apresentam liquidez diária e menor prazo, o que os torna mais atrativos em cenários de incertezas.

As Letras Financeiras, que têm prazo mínimo de emissão de dois anos, tiveram participação entre as aplicações reduzida de 30% para 27% no primeiro semestre deste ano, em relação ao fim de 2016, enquanto as LCAs e LCIs registraram quedas pontuais de dois e um ponto percentual, respectivamente.