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Companhias brasileiras captam US$ 9,8 bilhões no mercado externo

As companhias brasileiras captaram US$ 9,8 bilhões no mercado externo desde o início deste ano (até 17 de março), com montante concentrado em títulos de dívida. De acordo com o Panorama ANBIMA, divulgado hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, o volume supera em mais de seis vezes o ofertado no primeiro trimestre de 2016 (US$ 1,5 billhão), que na ocasião foi limitado a uma única operação do Tesouro Nacional.

Em março, as ofertas no mercado internacional foram lideradas pelo Tesouro, que captou US$ 1 bilhão com a reabertura do título Global 2026. Em seguida, Marfrig e Suzano distribuíram títulos de renda fixa com volumes de US$ 750 milhões e US$ 300 milhões, respectivamente. No mês de fevereiro, três companhias haviam realizado captações: Embraer, Rumo Logística e Vale emitiram, ao todo, US$ 2,5 bilhões em bonds com prazo médio de 8,9 anos.

Os recursos externos já respondem pela maior parte do funding das companhias brasileiras no ano, com participação de 66,5% até fevereiro e expectativas de que o volume supere os US$ 20,25 bilhões captados em 2016. O setor de Petróleo e Gás foi o destaque no período, responsável por 51,9% das operações, acompanhado pelos segmentos de Agronegócio; Aviação e Aeronáutica; Metalurgia e Siderurgia; Papel e Celulose; Transporte e Logística; e Alimentos e Bebidas.

No mercado local, as ações lideraram as ofertas no primeiro bimestre do ano, totalizando R$ 5,6 bilhões, e foram influenciadas pelo follow-on da CCR, que movimentou R$ 4,1 bilhões em janeiro. Essa operação, somada aos IPOs da Movida Participações (R$ 645,2 milhões) e do Instituto Hermes Pardini (R$ 877,7 milhões), fez com que as ações registrassem participação de 45,6% e ocupassem o primeiro lugar entre os valores mobiliários domésticos.

No segmento de títulos de renda fixa e instrumentos de securitização, as operações somaram R$ 362 milhões em fevereiro. O ativo mais utilizado foi a nota promissória, com duas ofertas que somaram R$ 275 milhões: da Allied Tecnologia (R$ 200 milhões) e do Grupo Arteris (R$ 75 milhões). Houve uma operação com debêntures da Viaquatro ‐ Concessionária da Linha 4 do Metrô de São Paulo, de R$ 85 milhões, e duas emissões de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs): oferta do Yap I FIDC, de R$ 260 mil, e da Paulista Invest FIDC, de R$ 1,5 milhão.

No acumulado do primeiro bimestre do ano, as operações com instrumentos de renda fixa somaram R$ 6,7 bilhões, o que representa queda de 24% em comparação ao mesmo período de 2016. Embora ainda existam ativos em processo de distribuição, as debêntures registraram retração de 37,8%, enquanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) tiveram queda de 73,6%. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que em 2016 ocuparam a terceira posição entre os ativos mais utilizados no mercado doméstico, ainda não registraram volume de captação no ano. Já os FIDCs registraram aumento nas ofertas de 377,5% e as notas promissórias de 46%, na comparação aos primeiros dois meses do ano passado.

Fundos de Investimento

- A partir da boa performance dos mercados de ações e de renda fixa e da queda do dólar, com exceção do fundo Cambial (-1,12%), todos os demais tipos da indústria registraram retornos positivos em fevereiro;
- Os fundos de ações registram elevada rentabilidade no mês, acumulando os maiores retornos do ano;
- A indústria de fundos registrou captação líquida de R$ 20,7 bilhões em fevereiro, recorde para o mês desde o início da série, em 2002. Os fundos de renda fixa concentraram a maior parte do ingresso de recursos (R$ 10,1 bilhões).

Renda Fixa

- Apesar da volatilidade, o resultado de 0,33% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro contribui para a alta dos índices de renda fixa em março;
- IMA-B 5+ apresenta retorno de 7,88% no ano (até 16 de março);
- Foram realizadas, em média, 60 operações com debêntures, que correspondem a volume médio de R$ 115,8 bilhões. As debêntures Incentivadas responderam por 80% dos negócios no mês.

O Panorama ANBIMA pode ser consultado aqui.

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.