O ano de 2016 terminou com recordes históricos para a indústria brasileira de fundos de investimento. Balanço da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) mostra captação líquida total de R$ 109,1 bilhões, a segunda maior desde o início da série (iniciada em 2002) superada apenas pelo resultado de 2010, em que foram registrados R$ 113,5 bilhões. Com desempenho expressivo ao longo do ano, a classe de Previdência respondeu pela maior parte do ingresso líquido de recursos em 2016, com valor recorde de R$ 48,2 bilhões, seguida pela de renda fixa, com R$ 45,9 bilhões.

No mês de dezembro, o ingresso líquido de R$ 10 bilhões nos fundos de Previdência foi o maior volume mensal já registrado pela categoria. Os fundos de Renda Fixa ganharam R$ 6,2 bilhões no último mês do ano e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) R$ 2,6 bilhões, resultando na captação líquida total de R$ 17 milhões, valor que também é recorde para o mês desde o início da série. “A alta procura pelos fundos de Previdência reflete o cenário atual, em que a população aguarda definições em relação à reforma do sistema público. Esses produtos se mostram cada vez mais como alternativas para a formação de poupança complementar”, afirma Carlos Ambrósio, vice-presidente da ANBIMA.

Em termos de rentabilidade, os fundos de ações lideraram em 2016, aproveitando a primeira valorização anual do Ibovespa desde 2012, com retornos de 31,01%, no tipo Índice Ativo, e de 26,41%, no tipo Livre. Em dezembro, por outro lado, com exceção do tipo Livre, que avançou apenas 0,01%, os demais recuaram, influenciados pela queda de 2,71% do índice.

O ano também foi favorável para o rendimento das carteiras dos fundos de Renda Fixa de prazo mais longo, que se beneficiaram pela expectativa de redução dos juros iniciada em outubro: destaque para o tipo Renda Fixa Duração Alta Grau de Investimento, com 15,85%. Em dezembro, o tipo Renda Fixa Duração Alta Soberano, teve a maior valorização do mês, de 2,31%.

Na classe Multimercados, o tipo Macro, que realiza operações baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazos, registrou rentabilidade de 2,49% em dezembro e de 19,8% no acumulado de 2016. O destaque em valorização no ano foi o tipo Long and Short Neutro, com rendimento de 21,14%.

Confira o relatório completo aqui.