<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=1498912473470739&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">
  • Empresas fiscalizadas.
  • Trabalhe Conosco.
  • Imprensa.
  • Fale Conosco.
    Português Português (BR)

Boletim de Mercado de Capitais

Captações externas seguem aquecidas em fevereiro

Seguindo o movimento iniciado no mês anterior, mais seis companhias brasileiras captaram recursos no mercado internacional em fevereiro, com a emissão de US$ 4,65 bilhões em bonds. A tendência repete o padrão sazonal das captações externas, que concentram operações no primeiro trimestre do ano. Além disso, pode estar em curso uma antecipação das ofertas, tanto em função da previsão de elevação das taxas de juros internacionais, como pela expectativa de volatilidade no mercado doméstico em 2018, em função das eleições.

No acumulado do bimestre, o volume de recursos captados com bonds chega a US$ 9,05 bilhões, ou R$ 29,02 bilhões, utilizando-se o critério de conversão das moedas na data de emissão do título. O volume é mais que o dobro dos recursos captados no mercado doméstico no mesmo período, que chegaram a R$ 11,6 bilhões. Além do Tesouro, onze empresas de diferentes setores captaram recursos em 2018. Em volume, os destaques de fevereiro foram as operações da Petrobras, de US$ 2 bilhões, da JBS, que movimentou US$ 900 milhões, e da Natura, de US$ 750 milhões. Também houve uma única operação de instituição financeira: o Banco Safra captou US$ 500 milhões.

Grafico_Externo.jpg

 

As captações no mercado doméstico em fevereiro foram lideradas pelas debêntures, que movimentaram R$ 3,6 bilhões em seis operações, e pelas cinco ofertas de FIIs, que chegaram a R$ 1,6 bilhão, o maior volume mensal para esse instrumento desde junho de 2015. Entre as debêntures, foram feitas captações para cinco diferentes setores da economia: saneamento, indústria e comércio, alimentos e bebidas, transporte e logística e assistência médica. Em volume, se destacaram as operações da Natura, de R$ 1,4 bilhão, e do Hospital Esperança, de R$ 1 bilhão.

A maior parte das debêntures emitidas em 2018 foi direcionada para capital de giro, com 45,8% do total, seguidas das destinadas ao investimento em infraestrutura e ao refinanciamento de passivo, com 21,6% e 18,7%, respectivamente. Diferente do perfil observado no primeiro bimestre de 2017, quando o indicador mais utilizado foi o percentual do DI, com peso de 74,7% do total, em 2018, 49,8% das debêntures foram atreladas ao DI + spread. As debêntures em percentual do DI tiveram participação de 28,5% e as prefixadas, de 18,6%, devido à emissão de debêntures incentivadas da Rede D’or São Luiz em janeiro, de R$ 1,6 bilhão, enquadrada no artigo 1º da Lei 12.431/11, ou seja, com isenção de imposto de renda para investidores estrangeiros. Em fevereiro, a COPASA MG – Companhia de Saneamento de Minas Gerais também emitiu uma debênture incentivada para o financiamento de projeto de infraestrutura, com volume de R$ 268 milhões, elevando para R$ 1,9 bilhão o volume das debêntures incentivadas em 2018.

 

Grafico_12431.jpg