Cenário externo adiciona incerteza aos agentes / Captações de janeiro têm pior resultado em seis / Indústria retoma captação líquida em janeiro
A deterioração das expectativas em relação ao cenário externo reflete a percepção de piora do crescimento da economia mundial e de incerteza quanto à eficácia de novas medidas de política monetária após anos de expansão da liquidez. O risco deflacionário já se expressa nos juros negativos de alguns títulos soberanos e coloca em dúvida a continuidade do aperto monetário nos EUA, iniciado em dezembro de 2015.
Nesse contexto, a volatilidade dos indicadores financeiros revelou os limites da exposição do segmento bancário às companhias produtoras de commodities, sobretudo de petróleo, e expandiu a aversão a risco dos investidores.
No segmento doméstico de renda fixa, a decisão de manutenção dos juros refletiu o cenário internacional, o que fez os preços dos ativos sofrerem revisão. No mercado de capitais, as ofertas domésticas tiveram seu pior resultado para o mês de janeiro dos últimos seis anos. Na indústria de fundos, a captação voltou a ser positiva após dois meses, impulsionada pelo ingresso de recursos em fundos do poder público e do varejo.