A forte deterioração externa, com riscos de ruptura do euro, de insolvências bancárias e de governos, reforçou o ambiente de incerteza e o receio de que a crise repercuta mais negativamente no Brasil. Sequer indicadores positivos para a China e a liberação de €100 bilhões para resgate dos bancos espanhóis atenuaram esse quadro.

No Brasil, sinais de não reação da economia aos incentivos já adotados alimentam o debate sobre o esgotamento do atual modelo de crescimento focado no consumo. Neste cenário, cresce a expectativa de que o governo utilize, além e câmbio e juros, instrumentos fiscais para estimular a demanda.

A piora externa, concomitante à perspectiva de mais afrouxamento monetário e fiscal no Brasil, dificulta a definição de um cenário para médio prazo, em especial face aos atuais limites do lado da oferta e seus impactos sobre inflação e juros. O resultado tem sido maior volatilidade nos preços dos ativos, o que influenciou o fluxo de recursos nos diferentes mercados.