Eleição americana reverte valorização dos ativos / Captações domésticas avançam em outubro / Incerteza afeta rentabilidades de fundos em novembro
A eleição do candidato republicano à presidência dos EUA surpreendeu boa parte dos agentes, elevando a volatilidade nos mercados globais ante as incertezas associadas ao novo governo. Observou-se ajustes nos preços dos ativos financeiros e no câmbio, em especial nos mercados emergentes. No brasil, o real sofreu forte desvalorização frente ao dólar enquanto as curvas de juros refletiram a abertura das taxas de longo prazo. Este cenário vai de encontro ao criado ao longo do semestre pelo comportamento favorável da inflação e redução da meta Selic, e impõe maiores desafios ao governo em um ambiente de acirramento do quadro político e expectativa de retração ainda maior da economia. No mercado de renda fixa, as rentabilidades refletiram os ajustes de preço de parte dos agentes à queda da selic abaixo da esperada, com o aumento de prêmios que se intensificou após a eleição americana. Em outubro, os fundos de ações foram o destaque com a alta de 11,2% do Ibovespa, que também estimulou a realização do 1º ipo (oferta primária de ações) no ano.