Juros dos TPF sobem mesmo com inflação em queda / CRAs são os ativos com maior crescimento em 2016 / Renda Fixa e Previdência lideram captação no ano
Os resultados do PIB do terceiro trimestre (-0,8%) e da produção industrial em outubro (-1,1%) reduziram ainda mais as projeções para a atividade econômica no ano e reforçaram a preocupação com o desempenho em 2017.
Esse quadro foi agravado pelo ambiente político-institucional, com novas denúncias da lava-jato e tensões entre o legislativo e o judiciário, mas não impediu a aprovação da PEC do teto do gasto, o que alimentou expectativas no mercado de reduções mais acentuadas da meta para a taxa selic. Em sentido contrário, no último dia 14, o FED elevou os juros nos EUA, o que, embora esperado, acabou ampliando a pressão sobre a desvalorização do real.
No mercado, o aumento da incerteza elevou os prêmios no segmento de renda fixa, apesar da expectativa de convergência da inflação. O volume das ofertas locais foi o mais baixo desde 2008, não tendo sido efetuadas ofertas no mercado internacional no mês. A indústria de fundos, por sua vez, teve captação líquida relevante, puxada pela previdência, o que contribuiu para que 2016 apresentasse o melhor resultado desde 2012.