Prefixados longos registram a melhor performance em fevereiro
Em fevereiro, o IMA-Geral, índice da ANBIMA que espelha a variação da carteira dos títulos públicos em mercado, registrou retorno de 0,72% no mês. A trajetória das NTN-Bs em mercado, expressa pelo IMA-B, avançou 0,55%. Entre os sub-índices, o IMA-B5+, que reflete a carteira das NTN-Bs acima de cinco anos, variou 0,56%, enquanto o IMA-B5, até cinco anos, variou 0,54%.
O grande destaque foram os títulos prefixados de maior duration. O IRF-M1+, que reflete os títulos prefixados acima de um ano, registrou variação de 1,32%, acumulando no ano 2,88%. A perspectiva de que a taxa de juros permaneça baixa por mais tempo vem permitindo uma valorização destes ativos. Essa percepção foi reforçada após o resultado do IPCA de janeiro, 0,29%, abaixo do previsto pelo mercado.
Em relação à performance dos títulos corporativos, o IDA-IPCA Infraestrutura, índice da ANBIMA que representa a carteira em mercado das debêntures incentivadas, apresentou retorno de 0,66%, acumulando 2,70% no ano, a melhor performance entre os sub-índices do IDA. Após o desempenho de 2017, quando o IDA IPCA Infraestrutura variou 8,18% diante do retorno de 15,04% do IDA IPCA ex-infraestrutura, ocorreu um ajuste nos prêmios destes papéis, que por apresentarem maior duration, tiveram um aumento mais significativo nos seus preços.
Os dados de emissão bancária no ano, até fevereiro, reforçam a tendência observada em 2017, quando ocorreu um crescimento dos CDBs diante da queda dos demais títulos, sobretudo as Letras Financeiras, as LCIs e LCAs. Neste ano, o estoque de CDBs avançou 3,92%, enquanto houve um leve aumento das Letras Financeiras (0,78%) e das LCAs (0,05%) e uma queda de 1,92% das LCIs, indicando que o segmento ainda vem sendo impactado pelos eventos dos últimos anos, sobretudo a menor oferta de lastro de crédito imobiliário e agrícola e a redução nos prazos das operações de crédito, que compromete os títulos com prazos mínimos de emissão.