A valorização dos títulos públicos foi reforçada pelo comunicado do Banco Central, no dia 21 de março, de que poderá reduzir a Selic, taxa básica de juros da economia, em maio. De acordo com o nosso Boletim de Renda Fixa, o IMA (Índice de Mercado ANBIMA), que representa a carteira da dívida pública, valorizou 0,96% em março.

 Boletim de Renda Fixa apresenta movimentações do mercado de títulos públicos. Confira na íntegra! 

O movimento mais expressivo foi no dia 22 de março, quando os ativos apresentaram retornos diários bem acima do que havia sido observado desde a reunião do Copom de fevereiro. O IRF-M1, que indica a variação dos prefixados com prazo até um ano, avançou 0,10% contra uma média diária de 0,03% dos dias anteriores. Os títulos prefixados de prazos mais longos avançaram 0,40%, em linha com o observado nos outros dias de março, mesmo movimento ocorrido nos títulos indexados ao IPCA.

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O IMA-B-5, que expressa a carteira das NTN-Bs até cinco anos, variou 0,60%, o maior retorno diário do período pós-Copom de fevereiro. Já os títulos de prazos mais longos não apresentaram variações diárias surpreendentes – o IMA-B5+, com as NTN-Bs acima de cinco anos, variou 0,48%.

Títulos privados

Já o estoque dos títulos de emissão bancária indica uma queda mais acentuada dos títulos incentivados no primeiro trimestre. Enquanto os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e as letras financeiras mostraram avanço de 4,8% e 4,1% no ano, respectivamente, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) registraram queda de 3,3% e as LCAs (Letras de Crédito Agrícola), de 0,7%. Essa performance pode ser reflexo dos efeitos da vedação da contratação de operações compromissadas com títulos de instituições ligadas às empresas do mesmo grupo, além da menor oferta de crédito imobiliário e agrícola, que servem de lastro para esses títulos.