Os instrumentos do mercado de capitais tiveram participação de 17% entre as fontes de financiamento de projetos de longo prazo em 2016, frente aos 3,8% em 2015, de acordo com o Boletim ANBIMA de Financiamento de Projetos, divulgado anualmente. O destaque ficou com as debêntures emitidas com essa finalidade, principalmente as enquadradas na lei 12.431 (debêntures incentivadas), que tiveram aumento de 74,4% em relação ao período anterior, com montante de R$ 1,9 bilhão no ano passado.

Confira o boletim completo
Quer receber nossas publicações gratuitamente? Cadastre-se!

Em 2016, o volume de financiamento de projetos estruturados (na modalidade Project Finance) foi de R$ 11,3 bilhões, com queda de 36,2% na comparação com 2015. “O resultado mostra o impacto que a retração da atividade econômica do país teve sobre as decisões de investimento”, afirma o nosso diretor José Eduardo Laloni.

Somando os financiamentos e as parcelas de capital próprio, os projetos movimentaram R$ 19,1 bilhões e envolveram 27 operações no ano passado, com recuo de 29,8% em volume de recursos e de 27% no número de projetos na comparação ao período anterior. As 21 concessões realizadas em 2016 movimentaram R$ 8,9 bilhões, contra 141 concessões em 2015, que totalizaram R$ 38,7 bilhões na época.

Os projetos realizados em 2016 concentraram-se, em termos de volume, nos setores de energia (55,2%) e de transporte e logística (42,4%), com uma pequena participação de projetos de saneamento (2,4%). No setor de energia, o segmento de eólica foi o responsável pela maior parte dos recursos (41,9%) e do número de operações (50%). O resultado é similar ao observado nos últimos períodos.