Títulos públicos indexados à Selic diária acumulam maiores retornos de 2021
Os títulos públicos indexados à taxa Selic diária tiveram os melhores retornos de julho e já acumulam a maior valorização de 2021, de acordo com os resultados dos índices da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). No último mês, o IMA-S, indicador da família IMA (Índice de Mercado ANBIMA) que acompanha os papéis atrelados à taxa básica de juros, rendeu 0,45%, atingindo valorização anual de 1,68%.
“Os investidores estão de olho nas sinalizações do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) sobre o aumento dos juros, que está em curso neste ano, ampliando o interesse por papéis atrelados à Selic”, afirma Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da ANBIMA.
Se, por um lado, os juros subindo contribuem para o resultado do IMA-S, entre os índices que acompanham os papéis prefixados a realidade é outra. Os títulos com essa característica e com vencimentos acima de um ano, englobados pelo IRF-M1+, tiveram as maiores desvalorizações de julho e do ano, com quedas de 0,83% e de 4,11%, respectivamente. Entre os papéis da carteira do IRF-M1, que reflete aqueles com prazos menores do que um ano, foram registradas altas de 0,19% no mês e de 1% no ano.
Quanto aos títulos atrelados à inflação, o IMA-B5+, que acompanha os papéis com vencimentos maiores do que cinco anos, teve resultado negativo de 0,76% em julho, acumulando redução de 3,29% no ano. Já o IMA-B5, que exprime o desempenho dos títulos com prazos até cinco anos, apresentou estabilidade no mês (0,03%), com rentabilidade positiva de 1,31% em 2021.
Os títulos corporativos indexados à taxa de juros também se destacaram em julho. Entre os indicadores do IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), o IDA-DI, que reflete os papéis atrelados ao DI diário, rendeu 0,66% em julho, com valorização anual de 3,77%. O IDA-IPCA Infraestrutura (que acompanha as debêntures incentivadas) apresentou estabilidade no mês (com o resultado próximo a 0%) e o IDA-IPCA ex-infraestrutura (que engloba as debêntures sem benefício fiscal) registrou variação negativa de 0,17%. No ano, essas carteiras apresentam valorizações de 2,51% e de 4,13%, respectivamente.