<iframesrc=" ns.html?id="GTM-MZDVZ6&quot;" height="0" width="0" style="display:none;visibility:hidden"> Investimentos em tecnologias climáticas: é hora de destravar oportunidades – ANBIMA
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#01: Boards sustentáveis evitam a síndrome de impostor ESG às avessas

Investimentos em tecnologias climáticas: é hora de destravar oportunidades

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Dois relatórios produzidos pelo BCG (Boston Consulting Group) mostram que as tecnologias climáticas emergentes são uma grande oportunidade de fazer o bem para o planeta e ganhar muito dinheiro com isso. Como a questão climática é grave e urgente, destravar investimentos nesse setor pode ser um exercício à risca das melhores práticas ESG.

Do que estamos falando? De tecnologias que podem movimentar US$ 60 trilhões até 2050, com o efeito colateral fantástico de tirar da atmosfera 22 gigatoneladas por ano de CO₂. 

O relatório Ushering in the Next Generation of Climate Technology, lançado em abril deste ano, aprofunda o detalhamento de oito segmentos de novas tecnologias climáticas e seu impacto individual tanto na economia quanto na retirada de carbono da atmosfera (veja gráfico abaixo).

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Para o seu radar

O BCG mostra no relatório como, alavancando mecanismos inovadores de modelagem de mercado, um enorme pool de capital privado poderá ser direcionado para incentivar o desenvolvimento de soluções nesses oito segmentos. O objetivo da modelagem é garantir que essas tecnologias de alto potencial possam atravessar com sucesso o chamado vale da morte e mudar para melhor o cenário global

Por que o BCG fala em destravar? Porque, segundo o relatório From Clean Tech 1.0 to Climate Tech 2.0: A New Era of Investment Opportunities, os investimentos de risco nas tecnologias "Clean Tech 1.0" feitos entre 2006 e 2011, da ordem de US$ 25 bilhões, adotaram um modelo errado e cerca de 90% dos aportes Series A falharam em dar retorno, segundo um estudo do MIT de 2016.

Muitos motivos foram citados, entre eles financiamento excessivamente focado em pesquisa e desenvolvimento de setores que exigiam investimentos intensivos de capital, mas que apresentavam unit economics (métricas e indicadores de um negócio) fraco. Os investidores falharam em contabilizar adequadamente o risco tecnológico e avaliaram mal o longo tempo de desenvolvimento. As oportunidades de saída não se materializaram.

Mas o mundo mudou, o mercado amadureceu e o relatório avança para 2021 mostrando o nascimento da era Climate Tech 2.0, cujos investimentos estão em rampa ascendente desde 2020. Em 2021, a soma dos investimentos de capital de risco em Climate Techs foi de US$ 37 bilhões. Em 2022, esse montante subiu para US$ 70,1 bilhões, aumento de 89% sobre o ano anterior, mesmo 2022 tendo sido terrível para as startups de uma forma geral, segundo o levantamento da HolonIQ.

Temos pressa: quando mensurados, os investimentos necessários para fazer a transição de uma economia baseada em combustíveis fósseis para uma economia de baixo carbono ou net zero, são de US$ 3,5 trilhões ao ano, de acordo com essa análise econômica feita pelo BCG em parceria com a GFMA.