<iframesrc=" ns.html?id="GTM-MZDVZ6&quot;" height="0" width="0" style="display:none;visibility:hidden"> Nas finanças reimaginadas, o protagonismo da IA surge forte – ANBIMA
    Espanhol Español (ES)

Publicações

Consulta
2023#20: IA e sustentabilidade: tendências do Web Summit para 2024
Regulação Internacional

2023

#20: IA e sustentabilidade: tendências do Web Summit para 2024

Nas finanças reimaginadas, o protagonismo da IA surge forte

Imagem com fundo azul e laranja escrito "Finance reimagined - Money Conf" em branco

Somada com o Open Finance e a tecnologia blockchain, a inteligência artificial amplia sua pegada no mercado financeiro e de capitais. Uma prova disso foi o protagonismo da tecnologia durante a MoneyConf, uma das trilhas especializadas que fazem parte do conteúdo do Web Summit 2023, realizado em Lisboa, no mês de novembro.

Acompanhamos o evento com uma delegação própria para entender os principais sinais e tendências de mudanças que os especialistas trouxeram para os palcos, e separar os ruídos. Luiz Pires, nosso gerente de Sustentabilidade e Inovação, seguiu as conversas da MoneyConf e resume os principais aprendizados na entrevista a seguir. 

"No mercado de crédito, por exemplo, a IA pode fazer uma verdadeira revolução, a partir do momento que os algoritmos de análise – que hoje são bastante limitados – passarem a processar muito mais dados que permitam traçar um perfil financeiro muito mais robusto e detalhado de cada pessoa", diz ele. Confira a seguir.

Banner formado por uma fotografia de um homem branco, de cabelos pretos bem curtos e barba grisalha, vestindo camisa branca. Ao lado, lê-se o texto: "Na Money Conf, a Inteligência artificial foi a bola da vez. As discussões giraram em torno da transformação que ela pode trazer para o mercado financeiro. Um dos principais benefícios esperados para a IA é que ela traga mais inclusão financeira para o mercado de capitais, que poderá alcançar um maior número de pessoas'. Luiz Pires, gerente de Sustentabilidade e Inovação da ANBIMA"

As principais tendências

"A Money Conf é uma trilha de painéis e debates com foco em finanças que acontece dentro do Web Summit. Mais uma vez, a inteligência artificial foi a bola da vez e as discussões deste ano giraram em torno da transformação que ela pode trazer para o mercado financeiro. A principal expectativa é quanto à personalização dos serviços e produtos, o que seria potencializado não apenas pela IA, mas também pela conjunção de uma série de evoluções tecnológicas que têm transformado o mercado nos últimos anos, a exemplo do open banking, e da tecnologia blockchain, entre outros. 

Como todas essas inovações envolvem analisar e administrar um grande volume de dados sensíveis dos clientes, a principal preocupação do setor está em como proteger a privacidade das informações. A chegada da IA traz ainda desafios adicionais, como o controle de riscos, a confiança nas decisões que ela toma e o desenvolvimento de uma agenda regulatória – pauta crucial para a correta implementação dessa tecnologia em qualquer mercado do mundo."

Como a IA impacta o mercado financeiro?

"Um dos principais benefícios esperados para a IA é que ela traga mais inclusão financeira para o mercado de capitais, que poderá alcançar mais pessoas. Isso porque a IA deve possibilitar a análise de um grande volume de dados, o que resultará no que a gente está chamando de hiperpersonalização. Ou seja, será possível oferecer serviços e produtos cada vez mais específicos para os clientes, possibilitando que eles tenham soluções financeiras muito mais adequadas ao seu momento de vida e de sua situação financeira. 

No mercado de crédito, por exemplo, a IA pode fazer uma verdadeira revolução a partir do momento que os algoritmos de análise – que hoje são bastante limitados – passarem a processar um volume maior de dados que permitam traçar um perfil financeiro muito mais robusto e detalhado de cada pessoa."

Criptoeconomia, o que esperar?

"A grande expectativa no mundo cripto é a possível aprovação dos primeiros ETFs (Exchange Traded Funds, ou fundos de índice) de bitcoins nos Estados Unidos. Se confirmada, a novidade derrubará a dificuldade de acesso ao investimento em cripto, que hoje demanda um conhecimento tecnológico mínimo e é um dos principais problemas para a compra desse tipo de ativo. 

Ao serem incorporados aos ETFs, os bitcoins passam a se equiparar a outros ativos. Isso significa que a medida deve ajudar a popularizar as criptomoedas e a ampliar a atratividade desses ativos digitais, já que estariam associados a um produto financeiro conhecido, que seria ofertado por instituições financeiras tradicionais e reguladas no mercado de capitais."

Regulação da IA e seus impactos

"A regulação é necessária para fomentar o uso da IA de forma segura, mas há uma preocupação geral sobre como os governos devem lidar com essa questão. Um dos motivos é pela diferença de velocidade com que essas duas iniciativas se desenvolvem: enquanto a IA tem avançado muito rapidamente, a elaboração de regras demanda mais tempo. 

Outro ponto de atenção é o receio de que a regulação seja tão restritiva que impeça a evolução da inteligência artificial e acabe por limitar essa tecnologia. Segundo Andrew McAfee, pesquisador do MIT, o ideal seria acompanharmos a evolução da inteligência artificial sem barreiras – quando fosse identificado um risco real, aí, sim, a regulação entraria em jogo."

Para o seu radar

  • Em um dos debates da MoneyConf, investidores apontam que o mercado prefere ter centauros (fintechs que geram US$ 100 milhões de receita anual recorrente e têm lucro) do que unicórnios - fintechs avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão, sem certeza de receita. Confira o relatório preparado pela Money 20/20 sobre a nova era dos centauros.
     
  • "Inclusão financeira não é sobre ter uma conta bancária. É sobre ter acesso ao crédito e poder usá-lo para melhorar sua vida e a da sua família", diz Nora Shaker, founder e secretária geral da associação egípcia de fintechs, em um dos painéis da MoneyConf.
     
  • Como a fintech inglesa Abound está deixando de lado o modelo tradicional de scores de crédito e apostando na inteligência de dados do Open Banking e em sua própria tecnologia de smart lending. Gerald Chappell falou, na MoneyConf, sobre a nova era das finanças.

Sinais de fumaça no horizonte…