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B3, ANBIMA, Fecomercio e Febraban anunciam apoio ao Pacto de Promoção da Equidade Racial

 

São Paulo, 9 de novembro de 2021 – A B3, ANBIMA, Febraban e a Fecomercio, grandes players do mercado financeiro, anunciam a assinatura de apoio institucional e de compromisso com o Pacto de Promoção da Equidade Racial.  O objetivo desse movimento é fazer com que a questão racial esteja na pauta dos grandes debates econômicos do Brasil, atuando como fontes de fomento e incentivo para que o mercado passe a adotar o novo Protocolo ESG Racial como parte de primordial das suas iniciativas. Com isso, o País ganha mais força para adotar uma agenda abrangente de mudanças que são necessárias para o desenvolvimento sustentável e mais equalitário do Brasil.

“Vejo no Pacto de Promoção da Equidade Racial um divisor de águas, um projeto disruptivo do ponto de vista da busca pela igualdade racial capaz de impactar positivamente nossa sociedade através da junção dos pilares Sociedade Civil, Empresas e Investidores e Investimento Social Privado e Filantropia.  Trazer para dentro da agenda ESG protocolos e ações voltados para igualdade racial mudara de forma estrutural e estratégica o cenário de desigualdade enfrentado pela comunidade negra na sociedade brasileira e impactara positivamente e de forma definitiva as próximas gerações”, diz Gilberto Costa, Diretor Executivo da Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial.

“O apoio institucional da B3 é um convite para que as companhias, não apenas as listadas, mas as que atuam no mercado financeiro de forma geral, revisem suas práticas, tracem planos e partam para a ação. Adotar práticas ESG passa por proporcionar um ambiente de equidade e respeito e essa evolução coordenada por parte das companhias tende a contribuir de forma relevante para a transformação estrutural que todos nós esperamos”, afirma Ana Buchaim, diretora executiva de Pessoas, Marketing, Comunicação e Sustentabilidade, da B3.

 O evento, que ocorrerá em um formato híbrido, das 16 às 17 horas do dia 9 de novembro, contará com grandes nomes do setor financeiro e imprensa e será um marco entre as ações da Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial junto a instituições chave brasileiras capazes de impulsionar as grandes transformações sociais pretendidas já na próxima geração. E, entre as principais ações, está a promoção de um maior equilíbrio racial entre os colaboradores das empresas de capital nacional ou subsidiárias de multinacionais presentes no País.

“A diversidade e inclusão se tornaram pautas muito importantes para as instituições dos mercados financeiro e de capitais. Em pesquisa com os nossos associados, descobrimos que a pauta racial é prioridade para 80% das instituições que já trabalham com diversidade e inclusão. O apoio ao Pacto, em conjunto com nossa estratégia de diversidade e inclusão, visa aproximar as empresas associadas de ferramentas e iniciativas que podem fazer essa pauta avançar nessas casas de forma bastante estruturada. Nosso papel também é colaborar para a difusão da iniciativa e de suas práticas entre os associados e demais membros do ecossistema financeiro brasileiro. A promoção da equidade racial nas empresas brasileiras é de extrema importância para acelerar o processo de inclusão da população negra no mercado de trabalho. Iniciativas como o Pacto são importantes, pois trazem luz às boas práticas e metodologias para que essa inclusão seja feita de forma estruturada e sustentável”, afirma Carlos Ambrósio, presidente da ANBIMA.

“Para a Fecomercio SP, uma entidade que trabalha há mais de 80 anos pelo desenvolvimento do ecossistema de negócios do País, promover conceito e práticas de equidade no setor empresarial é fundamental. Representando o setor que mais emprega no Brasil, o de serviços, a FecomercioSP trabalha há mais de 15 anos com seu Conselho de Sustentabilidade propagando medidas de responsabilidade sócio ambiental. E, nesse ano, lançou o Comitê ESG, que reúne especialistas e grandes empresas em torno de objetivos como o letramento e métricas, além da sensibilização e orientação para empresas de todos os portes e sociedade civil sobre questões como a de equidade. Hoje, a Federação representa cerca de 2 milhões de empresas, o que se traduz em uma média de 10 milhões de empregos e cerca de 10% do PIB brasileiro e 30% do PIB paulista. Um montante que não pode e não irá ficar de fora desse movimento tão oportuno. Nesse sentido, apoiar o Pacto Racial inaugura uma série de práticas que esperamos fomentar no setor privado.” Luiz Maia, coordenador do Comitê ESG da FecomercioSP.

A maioria da população brasileira é composta por negros, 56% do total, e lamentavelmente apenas 29% dos negros ocupam cargos gerenciais, 14% estão em cargos de chefia e somente 6% ocupam cargos de diretoria. Quanto ao salário médio da população, os negros ganham o equivalente a 57% do salário dos brancos (R$ 1.608 contra R$ 2.796).

Além das questões referentes à justiça social, como indutores da adoção do Protocolo ESG Racial junto às empresas, dados de índices criados pela B3 apontam que companhias mais diversas apresentam melhores retornos nos negócios. O ISE B3 – Índice de Sustentabilidade Empresarial, que mede iniciativas ambientais, sociais e de governança -, por exemplo, conta com uma performance acumulada, desde sua criação em novembro de 2005, de 301,70% frente ao IBOVESPA que teve uma performance acumulada de 272,16% no mesmo período.

Outras pesquisas corroboram os resultados da B3, como o estudo da McKinsey que aponta que empresas com diversidade étnica ou cultural são 33% mais lucrativas e 35% mais produtivas que as concorrentes. Além disso, segundo a Harvard Business School, as companhias que apostam em inclusão e diversidade apresentam 91% de satisfação dos clientes em relação ao atendimento, o que certamente impacta nos resultados de negócio.

Para mudar a realidade brasileira e apoiar as companhias nas transformações necessárias não apenas para ter uma força de trabalho mais equalitária, mas na sociedade brasileira, o Protocolo ESG Racial propõe às empresas ações afirmativas internas e externas contemplando também o investimento na melhoria da qualidade da educação pública e na formação de profissionais negros.

“O que a Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial fez foi adaptar o Protocolo ESG para a realidade racial brasileira, que é muito diferente daquela encontrada nos países desenvolvidos.  No Brasil, com 56% da população negra, as empresas estão muito atrás na promoção da diversidade racial, principalmente quanto às suas posições de liderança. Nesse sentido, para atender à pauta ESG, não basta apenas as empresas brasileiras adotarem ações afirmativas. Há que se investir no enfrentamento do racismo institucional e, ao mesmo tempo, investir na formação de crianças e jovens negros potencializando o investimento do Estado nas redes públicas”, diz Jair Ribeiro, Vice-presidente do Conselho Deliberativo. “Acreditamos que com maior participação da sociedade civil podemos, sim, mudar a realidade do país e promover maior equidade racial e social”, complementa.

 

Contexto da desigualdade racial no Brasil

A desigualdade social é um dos grandes desafios da sociedade brasileira e está profundamente relacionada à questão racial, que é a problemática central desta questão. Segundo dados do IBGE, entre os 10% mais pobres da população brasileira, 78,5% são negros (pretos e pardos) e 20,8% são brancos. Já entre os 10% mais ricos, a situação se inverte: 72,9% são brancos e 24,8% são negros. A ausência de políticas afirmativas de inclusão do negro na economia, o racismo estrutural e a baixa qualidade da educação pública são apontados como fatores causais desses altos índices de desigualdade e da instabilidade social do país.

A questão da diversidade de gênero tem sido trabalhada pelas empresas ao longo dos últimos anos, com algum sucesso, porém, e principalmente no Brasil com 56% da população negra, estamos muito atrás na promoção da diversidade racial nos quadros de funcionários das empresas de capital nacional ou subsidiárias de multinacionais. Apesar de algumas empresas implantarem programas de ações afirmativas e existirem milhões de profissionais negros qualificados ainda não absorvidos pelo mercado de trabalho, grandes empresas ainda alegam dificuldade na contratação de funcionários e executivos negros para atingir um percentual equivalente à população economicamente ativa da região em que atuam.

Um dos grandes obstáculos que se apresenta para a formação de profissionais negros é a baixa qualidade da educação pública, que figura entre as piores do mundo segundo dados da OCDE. Nesse sentido, para atender à pauta ESG, não basta apenas às empresas brasileiras adotarem ações afirmativas.  No Brasil, ao contrário de outros países do hemisfério norte, há que se investir na formação de profissionais negros tecnicamente mais preparados para que as empresas possam manter, em todos os níveis hierárquicos do seu quadro de colaboradores, um retrato da população na região em que atuam.

Segundo o Pacto, a dificuldade é ainda maior nos níveis de alta gerência das empresas, com um percentual muito baixo de negros nessas funções. Cabe à sociedade como um todo a responsabilidade de endereçar a questão da desigualdade assumindo uma postura protagonista de antirracismo.

 

Testemunhais

“Participei ativamente na implementação das primeiras políticas afirmativas com foco na questão racial negra no país. Inicialmente, a partir do Estado de São Paulo quando se instala a primeira iniciativa no pós-Abolição – o que se deu em 1984. A partir de então tivemos iniciativas que se irradiam pelo país, culminando com as cotas nas universidades públicas e nos concursos – todo esse trabalho sempre se deu no âmbito do setor público. Quanto ao setor privado, acompanho desde 2005 como colaborador convidado do Instituto Ethos o desenvolvimento da diversidade no mercado de trabalho e pude notar alguns avanços na participação de mulheres, mas no que diz respeito aos negros historicamente há uma defasagem muito grande nas oportunidades ofertadas em relação aos outros grupos. Trata-se de uma obstrução estrutural que remonta à história da mais longa escravidão colonial que foi a brasileira. Em minha opinião, A Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial é um divisor de águas da questão racial no Brasil. O IEER (Índice ESG de Equidade Racial) é um instrumento que permite uma mudança há muito reivindicada no mundo econômico. Além das ações afirmativas que possibilita a negras e negros ocuparem postos de trabalho em todos os níveis, induz investimentos, especialmente no campo da Educação. Trabalho e Educação, historicamente, são 2 vetores básicos para a redução da desigualdade racial, que é o que impede um verdadeiro desenvolvimento no país. O IEER fará história, pois tem todo o potencial de alterar o panorama sociorracial do Brasil.”
Hélio Santos, Presidente do Conselho Deliberativo da Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial e Presidente do Conselho da OXFAM Brasil


“O Pacto de Promoção da Equidade Racial é um marco na história corporativa brasileira.  Estamos assumindo que temos um enorme desafio pela frente como País que é reduzir a desigualdade racial.  Para tanto, definimos um guia para ser seguido pelas empresas para que, de fato, se tornem protagonistas da mudança transformacional que o Brasil tanto precisa,”
Jair Ribeiro, Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial e presidente da Parceiros da Educação


“O Pacto de Promoção da Equidade Racial é uma iniciativa disruptiva que foi lançada com o intuito de trazer ao Mercado Financeiro e as Empresas um novo Protocolo ESG Racial que permitirá que investidores, acionistas, empresas e sociedade civil trabalhem para o mesmo objetivo: de reduzir a desigualdade social e racial no mercado brasileiro.  Mensurando, de forma clara e objetiva, o quanto as empresas estão mais ou menos próximas da Equidade Racial e alinhando de forma estratégica o combate ao racismo com as metas de sustentabilidade e inclusão das Empresas.”
Gilberto Costa, Diretor Executivo da Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial e Diretor Executivo da J.P. Morgan

 

“O Pacto de Promoção da Equidade Racial é mais um passo importante para a consolidação de diversas iniciativas em prol da igualdade racial no Brasil. Se fizermos uma retrospectiva sobre a questão racial nas empresas, há 10 anos atrás, sabemos que muito pouco era feito, de forma proativa, para fomentar a contratação e promoção de talentos negros. A questão racial sempre foi importante para o nosso país, mas nunca foi prioridade. O Índice ESG de Equidade Racial (IEER) é um novo marco no mundo corporativo, além de fomentar a inclusão racial irá ajudar a reduzir a desigualdade crônica que permeia a nossa sociedade. Existe uma vasta quantidade de pessoas talentosas, que não estão sendo aproveitadas nas empresas por consequência do racismo e preconceito. O Brasil precisa de todos estes talentos para ser uma grande nação de fato.”
Theo van der Loo, - Diretor Estatutário da Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial e Founder & CEO NatuScience S.A.

 

Sobre o Pacto de Promoção da Equidade Racial

Como associação privada sem fins lucrativos, o Pacto de Promoção da Equidade Racial foi criado com o objetivo de implementar o Protocolo ESG Racial no Brasil para promover equidade, transparência e trazer a questão racial para o centro do debate econômico, mudando a realidade das corporações e da sociedade civil. Criada com o apoio de mais de 28 pessoas jurídicas e 102 pessoas físicas, a Associação do Pacto de Promoção da Equidade Racial visa promover a adoção dos novos protocolos por empresas e investidores institucionais, oferecendo ferramentas de controle e contemplando iniciativas que estimulem uma maior equidade racial, centradas, principalmente, na adoção de ações afirmativas, na melhoria da qualidade da educação pública e na formação de profissionais negros. O Pacto tem base fundamental o Índice ESG de Equidade Racial (IEER) - métrica inédita no mundo para acompanhar o desequilíbrio racial dentro das organizações – e visa transformar o País por meio da redução das desigualdades, trazendo impactos significativos já em uma geração. À frente do Pacto estão Gilberto Costa (Diretor Executivo), Theo Van der Loo (Diretor Estatutário), Hélio Santos (Presidente do Conselho Deliberativo) e Jair Ribeiro (Vice-presidente do Conselho Deliberativo). Visite o site: www.pactopelaequidaderacial.org.br

 

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.