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ANBIMA Summit: vem aí a 'década sintética', diz Amy Webb

Futurista destaca o aprimoramento da vida cotidiana na mídia, nas finanças e na biologia

Os líderes de empresas devem estar atentos não apenas às tendências do futuro, mas também “ensaiá-lo” e se perguntar quais serão os impactos das mudanças em seus negócios. É o que pensa Amy Webb, fundadora da consultoria Future Today Institute, palestrante do painel “O futuro é logo ali”, que ocorreu na noite desta quarta-feira, 27, durante o ANBIMA Summit. A discussão também contou com a participação de Ronaldo Lemos, advogado especialista em tecnologia.

Amy se define como uma “futurista quantitativa”, que trabalha com a identificação e quantificação de tendências. Ela considera que seu papel não é prever o futuro, e sim traçar futuros plausíveis baseados em dados e evidências para a tomada de decisões. Amy abordou tendências em três aspectos (mídia, finanças e biologia), que são de longo prazo e costumam ficar fora do escopo dos líderes.

Essas tendências estão de acordo com o que ela chama de “década sintética”: “Nos próximos dez anos, vamos começar usar tecnologia para sintetizar e aprimorar vários aspectos da vida cotidiana. O mundo de negócios vai usar essas tecnologias para sustentabilidade e objetivos ESG, e isso vai ter grande impacto sobre o setor financeiro”, afirmou.

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Com relação à “mídia sintética”, exemplos são os aplicativos que criam ou modificam vozes, imagens e gestos, e tecnologias mais avançadas como a inteligência artificial, aprendizagem da máquina e linguagem natural (pela qual é possível gerar imagens as partir de textos ou comandos de voz, por exemplo).

Outro possível uso da “mídia sintética” é a criação de humanos “sintéticos” ou digitais (avatares) que interagem, treinam e conversam com as pessoas reais. Ou, ainda, os óculos inteligentes (“smart glasses”) desenvolvidos por companhias como Facebook e Google, que, por meio da realidade aumentada usam filtros para modificar o modo como as pessoas se enxergam e veem o mundo, ou, da realidade reduzida, permitem a retirada de objetos ou pessoas do campo de visão. Trazendo essas tecnologias para o mundo dos negócios, Amy disse que os executivos devem tentar refletir sobre possíveis novos tipos de riscos, como elas mudam a jornada do consumidor, e como podem ser usadas para melhorar a produtividade ou o alcance das metas ESG.

Finanças sintéticas — Com relação às “finanças sintéticas”, ela considera que algumas tendências que precisam ser observadas são o aumento dos investimentos em criptomoedas e o ativismo dos investidores – um exemplo foram as compras coordenadas de ações da empresa americana Game Stop, que visavam provocar prejuízo em fundos de investimento vendidos no papel. Amy disse que essas tendências devem levar os executivos a se perguntar, por exemplo, o que aconteceria se houvesse uma mudança de comportamento dos investidores, ou seja, quais seriam os impactos se eles deixassem de contribuir para a previdência privada ou para fundos de investimento e aplicassem tudo em criptomoedas. Isso quebraria os modelos preditivos dos investidores institucionais?, questionou.

A futurista pontuou que a tecnologia está evoluindo mais rápido que os reguladores, o que traz desafios sobre como taxar novos investimentos. Algumas questões que os líderes da área podem se perguntar são os impactos das finanças descentralizadas (DeFi), as criptomoedas e tokens, como a incerteza acerca da regulação dessas novidades impacta a todos e para onde o crescimento deve se dirigir. Amy considera que há enormes oportunidades em investimentos temáticos para investidores de longo prazo. 

Mas a tecnologia que deve trazer mais mudanças e implicações sobre a sociedade é o da “biologia sintética”, disse a futurista. Trata-se do redesenho de organismos e a programação de estruturas biológicas. Um exemplo é a produção de carne em laboratório, que consome de 35% a 60% menos energia.

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