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2024#10: Financiamento climático na agenda do G20
Regulação Internacional

2024

#10: Financiamento climático na agenda do G20

Entrevista: Lucca Rizzo, advogado e especialista do iCS

A Conexão ESG conversou com Lucca Rizzo, advogado e especialista em Finanças Climáticas do iCS, que detalhou a atuação da instituto na preparação para a presidência brasileira do G20. O iCS é uma organização filantrópica que apoia projetos e instituições dedicados ao enfrentamento das mudanças climáticas no Brasil.

Confira abaixo a íntegra do bate-papo.

Lucca Rizzo, iCSQuais atividades o iCS tem realizado nas articulações com a trilha de finanças do G20?

Na agenda oficial, estamos apoiando a elaboração de alguns estudos técnicos sobre financiamento climático, por ser um dos tópicos prioritários da agenda climática na atualidade.

Os estudos apresentam discussões sobre como aumentar a disponibilidade de recursos para a ação climática e incluem temas como o aprimoramento do acesso aos fundos climáticos internacionaisfinanciamento de soluções baseadas na natureza e métodos de facilitar o reporte climático para pequenas e médias empresas por meio de instrumentos digitais. 

Também estamos envolvidos no G20 Social, em que o G20 se conecta com instituições da sociedade civil. Estamos apoiando, por exemplo, o Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais) na agenda do T20 (grupo de think tanks do G20), que ao longo deste ano vai desenvolver uma série de eventos, reuniões e estudos para discutir temas relacionados a financiamento climático internacional.

Além dessas iniciativas, o iCS tem exercido um papel de catalisar os esforços de atores públicos, privados e do terceiro setor na agenda climática. No fim de 2023, organizamos uma conversa sobre soluções baseadas na natureza, que resultou em um Policy Brief que será publicado em breve. 

Em 2024, estamos desenvolvendo ações similares para fortalecer o debate sobre finanças sustentáveis no mercado financeiro e de capitais, incluindo o Fórum de Finanças Climáticas, nos dias 26 e 27/02, que estamos organizando com outros 6 parceiros e que será transmitido virtualmente, para todos que tiverem interesse.

Qual a importância da ANBIMA nesse contexto?

A ANBIMA tem um papel fundamental, que é o de reunir os principais agentes do mercado para discutir boas práticas e, a partir dessas discussões, criar autorregulação. Tal como o G20, em torno das principais economias mundiais, a ANBIMA consegue fomentar debates construtivos com uma parcela significativa do mercado para avanço de pautas importantes, como a de finanças sustentáveis.

A entidade tem histórico nessa agenda, com a publicação do Guia para Ofertas de Títulos ESG e mais recentemente com a jornada Go Blended. Como diversos atores econômicos, tem reconhecido a importância de qualificar as discussões e estreitar as conexões entre mercado e clima. 

O pilar de capacitação em finanças sustentáveis é uma atuação promissora para a entidade, em vista do interesse dos agentes de compreenderem melhor como os riscos climáticos podem afetar os seus ativos e como esses riscos devem ser reportados para atender às novas resoluções da CVM.
 

Quais resultados podemos esperar da reunião de cúpula em novembro?

A presidência brasileira do G20 montou uma agenda consistente, que prioriza trabalhos relevantes na ordem econômica internacional para viabilizar mais recursos financeiros para combater as mudanças climáticas. A título de exemplo, um dos trabalhos, envolvendo fundos climáticos, busca discutir medidas para facilitar o acesso a US$ 25 bilhões para mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.

O G20 é um fórum complexo com diversas nuances geopolíticas, mas, se ao longo deste ano as discussões forem exitosas, sobretudo em relação aos GTs de finanças sustentáveis e à reforma da arquitetura do sistema financeiro internacional, a expectativa é haja compromissos mais contundentes das principais economias para canalização de recursos climáticos para os países do Sul Global.