Preços dos ativos refletem piora das expectativas / Instrumentos domésticos de renda fixa lideram captações
Enquanto na Europa os juros foram mais uma vez reduzidos pelo BCE para estimular a economia, o resultado do PIB chinês do 3º trimestre surpreendeu positivamente, indicando que o país deve atingir o crescimento anual previsto pelo mercado, de 7,5%. Nos EUA, permanece o impasse fiscal e a espera quanto à normalização da política monetária.
Em outubro, no Brasil, o IPCA (0,57%) foi levemente inferior à projeção do mercado e a atuação do BC garantiu menor pressão sobre o câmbio. Ao final do mês, entretanto, a percepção de piora da situação fiscal, influenciada pelo déficit primário do governo central de setembro, gerou aumento dos juros futuros e pressão altista sobre o dólar.
O impacto deste cenário no mercado de renda fixa foi o recente aumento do prêmio exigido pelos investidores em títulos de maior duration, o que pode vir a se refletir na indústria de fundos. No mercado de capitais, destaca-se a emissão de cinco debêntures incentivadas ao amparo da Lei Nº 12.431/11, num total de R$ 1,8 bilhão.