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O AMCC se fortaleceu como um grupo consultivo e altamente capacitado para a comunidade internacional

José Carlos Doherty, nosso superintendente-geral, deixa a presidência do comitê após seis anos de mandato e destaca os avanços durante o período
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Após seis anos de gestão e duas reeleições, José Carlos Doherty, nosso superintendente-geral conhecido no mercado como Zeca, deixou a presidência do AMCC (Comitê Consultivo de Membros Afiliados) da Iosco (Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários). “Foi um período marcado por uma intensa troca de experiências. Tivemos a oportunidade de apresentar nosso papel como associação e como autorreguladora e, ao mesmo tempo, absorver a experiência de outros países que têm uma atuação parecida com a nossa, como os Estados Unidos e o Japão”, explica Zeca, que representa a ANBIMA como participante do comitê desde 2006.

 

Um dos principais legados do mandato foi a conquista de uma cadeira para participar das reuniões da diretoria da Iosco como observador. A medida se mostrou essencial para que os temas discutidos pelos reguladores norteassem as atividades do comitê. “Buscamos uma sinergia nas nossas atividades com essas pautas, desenvolvendo estudos e pesquisas sobre os temas”, contou. Foi fornecendo insumos sobre a experiência do mercado que o AMCC reforçou o seu caráter consultivo para a Iosco e também para os comitês internos da organização. 

Utilizamos a experiência
internacional para antecipar
discussões no nosso mercado

 

A escolha, pela primeira vez, de um brasileiro para a presidência da entidade contribuiu para o mercado nacional. “Trouxemos muitas informações dos reguladores de outros países para o Brasil, utilizando a experiência internacional para antecipar as discussões no nosso mercado”, explica Zeca. A nova presidente, Karen K. Wuertz, da NFA (Associação Nacional de Derivativos Futuros) dos Estados Unidos, era a vice dele e comandará o comitê pelos próximos dois anos com Nandini Sukumar, da WFE (Federação Mundial de Bolsas de Valores).

Confira a entrevista na íntegra que Zeca concedeu ao Portal ANBIMA:

 

Portal ANBIMA: Qual foi a grande conquista da sua gestão?

Zeca: Destaco nossa atuação para que o comitê realmente fosse “consultivo” para a Iosco. Apesar desta palavra estar no nome do grupo, ainda não havia a sinergia necessária para que ele oferecesse as informações e o suporte necessários. As discussões de temas novos ou complexos pelos reguladores exigem insumos sobre a experiência do mercado. Trabalhamos em fortalecer essa relação e provocar o engajamento dos membros do comitê, de forma a reunir materiais relevantes para que os reguladores pudessem, por exemplo, emitir uma orientação, um alerta, um posicionamento ou mesmo criar uma legislação sobre determinado assunto.

 

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Portal ANBIMA: Como se deu esse processo de aproximação?

Zeca: O primeiro passo foi vincularmos nossas atividades mais fortemente à pauta da Iosco. Um importante passo para isso, em 2014, foi conseguir uma cadeira para participarmos das reuniões da diretoria da entidade como observadores. Pude levar, para dentro do comitê, os temas discutidos pelos reguladores e alinhar as nossas atividades com essas pautas, desenvolvendo estudos e pesquisas sobre os temas.

Também nos aproximamos dos comitês políticos que integram da Iosco. Até então, essa relação era bastante restrita e pontual. Passamos a contatar os comitês mais vezes por ano, assimilar as pautas que eles discutiam e buscar formas de contribuir para elas. De certa maneira, passamos a ser um órgão consultivo também para esses grupos.

Portal ANBIMA: O AMCC focou quais temas nos últimos anos?

Zeca: O debate sobre cibersegurança, por exemplo, nasceu dessa troca de informações. Foi uma conjunção de interesses: os reguladores começavam a discutir o assunto em 2013 e, simultaneamente, os membros do comitê se preocupavam em como tratar o tema nos seus países, debatendo a quais riscos e ataques estavam sujeitos e como poderiam se proteger. Montamos uma força-tarefa só para cuidar do assunto e lideramos uma pesquisa na indústria de fundos do mundo todo para compreender melhor como se davam os riscos, as ameaças e as práticas de segurança cibernética em diferentes países.

 

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A evolução das inovações e tecnologias financeiras tem sido outra pauta central do AMCC. As discussões da força-tarefa que criamos para o assunto passam por riscos, oportunidades e grande impacto oferecidos pelos robô-advisors de consultorias financeiras automatizadas; pelas plataformas de crowdfunding (financiamento coletivo); por blockchain e DLT (Distributed Ledger Technology), entre outros. São iniciativas que ganham cada vez mais espaço no mercado e sobre os quais os reguladores e autorreguladores têm divulgado normas e posicionamentos.

Também contribuímos para as discussões sobre o risco sistêmico da indústria. Após a crise econômica de 2008, a Iosco demonstrou a preocupação e a necessidade em ter mais informações sobre a atuação dos reguladores ao redor do mundo e o que acontece nos mercados dos diferentes países que compõem a organização. Fortalecemos um canal de comunicação com objetivo de oferecer as informações que fossem necessárias.

 

Portal ANBIMA: Qual cenário você encontrou quando assumiu a presidência do comitê?

O primeiro desafio como presidente foi atrair novos membros, pois, naquela época, muitas instituições estavam saindo do fórum por estarem envolvidas em outras atividades.

 

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Para reverter esse quadro, destinamos esforços em duas frentes: a primeira foi aproximar a Iosco do comitê para reforçar o caráter consultivo dele. Nessa época, a Iosco permitiu que outras instituições ligadas ao mercado e à regulação pudessem compor o grupo, e não somente autorreguladores – foi quando houve a mudança no nome SROCC (Comitê Consultivo de Autorreguladores) para AMCC (Comitê Consultivo de Membros Afiliados). Então, outra frente foi expandir as pautas e as atividades do grupo para entidades de infraestruturas de mercado (como câmaras de compensação e liquidação de ativos, entre outras), associações de classe e bolsas de valores, pois, discutindo assuntos de interesse dessas entidades, acabávamos por atraí-las para o fórum.

 

Portal ANBIMA: Qual legado você deixa para a próxima gestão?

Zeca: Montamos um organograma interno no comitê, inspirado na minha experiência na ANBIMA, que foi essencial para a evolução no debate dos temas. Criamos o cargo de vice-presidente para ajudar na organização do grupo; montamos um advisory committee, que auxilia a presidência na definição de pautas e atividades de liderança; e dividimos o comitê em diversos grupos para discutir determinados assuntos – assim como acontece na governança da ANBIMA, que é formada por comitês para debater temas específicos. Atualmente, são três grupos de trabalho: assuntos regulatórios; treinamento de reguladores; e riscos emergentes. Ligados a eles há, ainda, forças-tarefas criadas por períodos determinados para discutir temas pontualmente: fintechs, cibersegurança e fundos de investimento.

Montamos um organograma
interno no comitê, inspirado na
minha experiência na ANBIMA,
que foi essencial para a evolução
no debate dos temas

 

Essa estrutura propiciou a discussão assertiva dos temas. A possibilidade dos membros participarem não apenas do AMCC de forma geral, mas também se dedicarem em assuntos específicos gerou engajamento e enriqueceu as discussões, o que se mostrou mais produtivo do que centralizar todos os assuntos na presidência.

 

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Portal ANBIMA: Por que não se candidatar à reeleição?

Zeca: O comando de uma entidade desse tipo não deve ser eterno – é hora de abrir espaço para outra liderança, que traga um novo olhar para aprimorar os processos e atividades. Para a ANBIMA, para a equipe que esteve comigo e para mim, foi uma experiência enriquecedora e incrível de troca de experiências e aprendizado. Levamos a nossa bandeira mundo afora como associação e como entidade autorreguladora. Deixamos nossa marca no AMCC e cumprimos uma missão nesses seis anos: contribuir para a internacionalização da ANBIMA e ajudar a comunidade reguladora. Continuamos como membros ativos do comitê, mas destinaremos esforços para buscar maior representação em outros fóruns internacionais dos quais participamos.

Veja os destaques da participação da ANBIMA no AMCC

 

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