As companhias brasileiras emitiram US$ 5,7 milhões em títulos de dívida no mercado internacional durante o mês de maio, com destaque para a operação de US$ 4 bilhões realizada pela Petrobras. Segundo boletim divulgado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), foram efetuadas 15 ofertas externas nos primeiros cinco meses deste ano, totalizando R$ 16,6 bilhões, contra apenas duas no mesmo período do ano passado (com captação de US$ 8,25 bilhões), o que representa alta de 101,7% no volume financeiro.

Além do aumento do montante captado, os números mostram também que novas empresas, em diferentes setores, passaram a acessar o mercado externo em 2017. Até maio, treze companhias, em nove áreas de negócios, realizaram ofertas, enquanto no ano passado inteiro foram dez empresas, em sete setores.

No mercado doméstico, as ofertas alcançaram R$ 6,3 bilhões em maio, com queda de 31% na comparação ao mesmo período do ano passado e de 34,1% em relação a abril de 2017, interrompendo a trajetória de crescimento que vinha sendo observada nos últimos meses. As debêntures (títulos de dívida corporativa) permanecem como o principal instrumento de captação local, com 38,8% do total de maio, seguidas pela operação de follow-on (oferta pública de ações de uma empresa que já é de capital aberto) da BR Malls, que respondeu por 27,4% do volume, e dos CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com participação de 18,7%.

No acumulado do ano, o desempenho das captações das empresas no mercado interno permanece favorável, com alta de 39,4% no volume das operações em relação aos cinco primeiros meses do ano passado (o total não considera a única emissão de leasing de 2016, que levantou R$ 20 bilhões). As ações apresentaram volume 3,8 vezes maior do que o registrado de janeiro a maio de 2016 e as ofertas de CRAs marcaram alta de 46,2% na mesma base de comparação.

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