Debêntures representam 66% das emissões do mercado de capitais no ano
Desde agosto, volume movimentado por esses papéis é o maior da nossa série histórica
As emissões de debêntures entre janeiro e outubro somam R$ 123,4 bilhões, o que corresponde a 66% do total captado pelas companhias no mercado de capitais este ano (R$ 187,8 bilhões). Desde o último mês de agosto, quando chegou a R$ 107,9 bilhões, o volume de debêntures é o maior da nossa série histórica anual para o período, de acordo com o Boletim de Mercado de Capitais.
As debêntures de infraestrutura (regidas pela Lei 12.431) também permanecem no maior patamar histórico até outubro deste ano, movimentando R$ 21,6 bilhões, em 55 operações. No mesmo intervalo do ano passado, por exemplo, foram 37 emissões, alcançado volume de R$ 8,7 bilhões.
Entre os demais instrumentos de renda fixa, as notas promissórias atingiram volume de R$ 24,2 bilhões, seguidas pelos FIDCs (Fundos de Investimento em Direto Creditório), com R$ 7,9 bilhões. Os fundos imobiliários seguem em crescimento e registraram em dez meses R$ 10,7 bilhões, valor que ultrapassa o total captado no ano passado inteiro, que foi de R$ 9,4 bilhões.
“As definições na política e na economia trouxeram maior clareza ao cenário atual, tornando o ambiente ainda mais propício para as empresas acessarem o mercado de capitais, não apenas na renda fixa como também na variável”, afirma José Eduardo Laloni, nosso vice-presidente. “Mesmo passando por meses de incertezas, as companhias mantiveram os financiamentos de seus projetos, o que se traduz no alto volume movimentado até outubro, principalmente em relação às debêntures”, completa.
No mercado externo, as captações das empresas brasileiras acumularam R$ 50,1 bilhões até outubro deste ano, contra R$ 86 bilhões alcançados no mesmo período de 2017. Em 2018, já foram realizadas 21 emissões, exclusivamente por ativos de renda fixa.
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