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Disposição ao risco exige mudança cultural

Para o nosso presidente, Robert van Dijk, concorrência dos títulos públicos, aliada às altas taxas de juros, dificulta mudança de mentalidade

Os investidores e as empresas brasileiras precisam  aprender a correr mais risco. A mudança de mentalidade, no entanto, não será simples dada a concorrência com os títulos públicos que oferecem liquidez, alto retorno e baixo risco. "É muito difícil a predisposição ao risco se existe a alternativa dos títulos públicos”, disse o nosso presidente, Robert van Dijk, em debate sobre fontes de financiamento realizado pela Amcham na sexta-feira, 23.

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Gilberto Souza (Deloitte), Denise Pavarina (Bradesco), Patrícia Moraes (JP Morgan), Piero Minardi (Warbug Pincus) e Robert van Dijk (ANBIMA)

Ele reconheceu que a mudança exigirá um processo cultural, mas destacou que as bases estruturais estão colocadas. "Temos um mercado potencial gigante", afirmou, citando que menos de 5% do patrimônio líquido da indústria brasileira de fundos está em fundos de ações, frente a uma média mundial de 40%.

Questionado sobre a capacidade de o mercado de capitais sustentar a demanda por crédito em um cenário de crescimento econômico, Robert enfatizou uma série de características que favorecem este papel protagonista de agente financiador, especialmente para o longo prazo: um arcabouço regulatório e autorregulatório consistente; um completo portfólio de produtos, tanto em renda fixa como em renda variável; um conjunto de instrumentos de securitização (CRI, CRA e FIDC) que favorece o acesso ao mercado de capitais por empresas de capital fechado; e um conjunto de fundos estruturados que oferece soluções adequadas para os diversos segmentos nos quais eles estão inseridos.

Os desafios para que o mercado de capitais ocupe este papel também foram citados por Robert, a exemplo da menor predominância do BNDES na composição do funding dos projetos; redução dos riscos regulatório e cambial para atração de investidores, especialmente o estrangeiro.

Ele também falou da necessidade de mudanças regulatórias que favoreçam a participação mais ativa das entidades de previdência complementar no mercado de capitais. Hoje, estes investidores institucionais são proibidos de investir em papéis de companhias fechadas, o que acaba restringindo a demanda por estes títulos.

Nossas iniciativas visando estimular as negociações de títulos no secundário também foram lembradas por Robert como ações importantes para o crescimento sustentado do mercado. Ele citou o estímulo à figura do market maker e o incentivo à padronização das escrituras de debêntures.

Nossa ex-presidente, Denise Pavarina, diretora-executiva do Bradesco, também participou da mesa-redonda, composta ainda por Patricia Moraes, head de Corporate e Investment Banking do JP Morgan; e Piero Minardi, sócio-diretor da Warburg Pincus. Denise destacou que há disposição do mercado para novas captações, que devem sair do papel no segundo semestre, com as taxas de juros em queda. “As empresas não desistiram. Existe um pipeline robusto de IPO e follow on”, afirmou. 

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