Os 70 milhões de brasileiros que compõem o segmento de varejo aplicaram R$1,6 trilhão no primeiro semestre de 2017, volume que é 4,9% maior do que o total do ano passado. Os fundos foram os preferidos para essa metade do ano: cresceram 19,8%, num total de R$ 487,9 bilhões, de acordo com as Estatísticas de Varejo divulgadas quinta, 10.

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Para José Rocha, presidente do Comitê de Varejo, “o amadurecimento da indústria de fundos, aliado à queda nos juros, aumenta o apetite dos investidores ao risco e à diversificação, principalmente no varejo de alta renda”. Ele explica que foram estes clientes que puxaram as aplicações em fundos no período, mas que também houve avanço nos aportes em fundos pelo varejo tradicional.

Poupança

Principal produto da carteira dos clientes de varejo, a poupança cresceu apenas 1,6%, totalizando R$ 620,4 bilhões no semestre. O varejo tradicional é responsável por 61,4% desse valor. As aplicações gerais em títulos e valores mobiliários recuaram 2,6%, para R$ 520,1 bilhões.

Profissionais certificados

Entre os mais de 100 mil profissionais que trabalham nas agências bancárias do Brasil, 74,3 mil possuem a CPA-10 (Certificação Profissional ANBIMA série 10) e 27,8 mil são CPA-20 (Certificação Profissional ANBIMA série 20). Essas qualificações são exigidas para quem presta atendimento aos clientes do varejo. “O avanço constante no número de profissionais certificados é importante para o crescimento do segmento de varejo. Consultores bem preparados transferem segurança aos clientes ao aumentarem e diversificarem seus portfólios”, finaliza Rocha.

Investimentos por região

O Sudeste concentrou 63,9% dos investimentos do varejo no primeiro semestre de 2017, com volume de R$ 1,04 trilhão. Em seguida, aparecem os clientes do Sul (R$ 284 bilhões), do Nordeste (R$ 175 bilhões), do Centro-Oeste (R$ 95 bilhões) e do Norte (R$ 34 bilhões), com participações de 17,5%, 10,7%, 5,8% e 2,1%, respectivamente.