Estrutura reduzida não é empecilho para a implementação de iniciativas de segurança cibernética – pelo contrário. A conclusão veio do Exercício Simulado de Cibersegurança, que contou com a presença de 23 representantes de 16 instituições associadas. “Pode-se ter a falsa impressão de que, pela instituição ser de menor porte ou com o orçamento reduzido, teria menos para ser feito – o que não é verdade” comentou Nicholas Miller, consultor da Aedile Consulting, que veio ao Brasil a convite da ANBIMA especialmente para conduzir o exercício.

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O evento aconteceu no dia 22 e foi uma iniciativa inédita que lideramos em relação ao tema. No encontro, foram apresentados três cenários de ataques cibernéticos para que os participantes pudessem avaliá-los utilizando os planos de resposta de suas instituições. O intuito era, a partir da discussão dos resultados, chegar a boas práticas comuns a serem levadas para dentro das empresas e adaptadas à realidade de cada uma delas.

Após o exercício, os participantes compartilharam informações em almoço com nossos diretores e representantes do Banco Central e da CVM. O nosso superintendente-geral, José Carlos Doherty, falou sobre a importância do tema no planejamento estratégico da Associação e de como ele era pouco debatido alguns anos atrás. “Notamos que era um tema discutido internamente pelos agentes do mercado, porque sofriam ataques, mas o debate era fechado nas instituições. A partir de 2014, a cibersegurança passou a integrar a agenda das associações, dos reguladores, das comissões de valores mobiliários – virou um assunto da comunidade financeira e do mercado de capitais”, disse.

O coordenador do Grupo Técnico de Cibersegurança, Gustavo Kruel, contou sobre as iniciativas do fórum – a formação do grupo, a criação e revisão do Guia de Cibersegurança, a primeira pesquisa com os associados sobre o tema, seguida de relatório, e, agora, o exercício simulado.

“No guia, reunimos ações encadeadas de prevenção, de tratamento de incidentes, de monitoramento e conseguimos organizá-las para serem o mais simples quanto possível para as instituições poderem levá-las para dentro das casas”, explicou. “Já a pesquisa foi uma forma de perceber o nível de maturidade das empresas em relação às práticas e usamos os resultados para nortear as ações de compartilhamento, que são um dos nossos pontos de interesse – como o exercício simulado”, disse Gustavo.