Em dezembro, a valorização do IMA (Índice de Mercado ANBIMA), que representa uma carteira de títulos públicos marcados a mercado, refletiu o aumento das apostas na elevação do ritmo de queda dos juros a partir de janeiro deste ano, de 25 para 50 pontos base, de acordo com o Boletim ANBIMA de Renda Fixa. Contribuíram para essa percepção as sinalizações do Banco Central (ata do Copom e Relatório de Inflação) quanto à possibilidade de uma maior flexibilização da política monetária, compatível com a desaceleração da inflação e os avanços no campo fiscal, principalmente depois da aprovação da PEC dos gastos.

Cadastre-se para receber gratuitamente todas as nossas publicações
Fundos de investimento: captação líquida chega a R$ 109,1 bi em 2016
Mercado de Capitais: emissões em 2016 crescem 27,7% perante 2015

Entre os subíndices do IMA, os de maior duration apresentaram os retornos mais expressivos, ao contrário de 2015, quando o desempenho positivo dos índices de maturidade mais curta caracterizou o período. O IMA‐B5+ registrou a maior variação anual, 31,04%, seguido do IRF‐M1+, com 29,64%. Esse resultado se deve às expectativas de convergência da inflação e da consequente redução dos juros, a despeito das incertezas econômicas e políticas, que mantiveram‐se no radar dos investidores ao longo do ano. A resiliência inflacionária, no entanto, sobretudo dos segmentos de alimentos e serviços, só permitiu ao Banco Central iniciar a redução dos juros em outubro.