Os investimentos dos clientes do segmento Private Banking cresceu 5,3% no primeiro semestre deste ano e fechou o período com R$ 608 bilhões de ativos sob gestão, segundo relatório divulgado hoje pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais) durante o 5º Seminário ANBIMA de Private Banking. O resultado foi influenciado pela alta de 13,4% dos investimentos em Previdência Aberta.

“Esse crescimento expressivo demonstra uma maior preocupação dos clientes com o planejamento financeiro de longo prazo e o processo sucessório, mesmo em períodos de maior volatilidade,” analisa João Albino Winkelmann, presidente do Comitê de Private Banking da ANBIMA.

As aplicações diretas em títulos de renda fixa também registraram aumento expressivo, de 9,1%, atingindo R$ 194,7 bilhões no semestre. A alta foi influenciada pelo aumento do interesse por títulos privados, em especial por ativos isentos, com lastros imobiliário (LCI) e agrícola (LCA), que cresceram 18,8% e 17%, respectivamente. Na renda variável, os investimentos em ações cresceram 6%, passando de R$ 83,0 bilhões para R$ 87,9 bilhões.

Já os fundos de investimento atingiram R$ 278 bilhões, um crescimento de 1,7% em relação a dezembro de 2013. “No geral, os movimentos no setor parecem resposta ao ambiente de elevação de juros e incerteza econômica que marcou o primeiro semestre do ano,” avalia Winkelmann. “Dessa forma, observamos uma preferência por ativos isentos e aplicações de longo prazo.”

Previdência
As aplicações em Previdência Aberta mantiveram o ritmo de crescimento registrado nos últimos anos. No primeiro semestre de 2014, a modalidade atingiu um patamar de R$ 42,4 bilhões investidos no segmento de Private Banking. Com isso, a participação dessas aplicações no total da carteira do segmento chega a 7%, um aumento de cinco pontos se comparado a 2009, quando as aplicações no segmento em Previdência Aberta eram de R$ 5,7 bilhões.

Fundos de Investimento
As aplicações em fundos de investimento chegaram a R$ 278 bilhões no semestre, um crescimento de 1,7% comparado a dezembro de 2013. O menor crescimento levou à queda da participação dos fundos na carteira dos clientes private banking, que agora respondem por 45,7% do total. Em dezembro, eles ocupavam 47,4% do portfólio. O perfil da carteira segue majoritariamente concentrado em fundos multimercados,54,8%, apesar do crescimento das categorias renda fixa e curto prazo.

Domicílio do cliente
No semestre, o patrimônio de clientes na região centro - oeste cresceu 12%, chegando a R$ 16,4 bilhões investidos. São Paulo, no entanto, continua ser a maior praça private banking no país, concentrando 55,1% do patrimônio de todo o segmento, chegando a R$ 334,7 bilhões.