A  Associação  Brasileira  das  Entidades  do s  Mercados  Financeiros  e  de  Capitais   (Anbima),  a  Bolsa  de  Valores,  Mercadorias  &  Futuros  (BM&FBOVESPA)  e  a  Federação   Brasileira de Bancos (FEBRABAN) anunciaram hoje, dia 24, a criação da BRAIN - Brasil  Investimentos & Negócios. A associação nasce com a missão de viabilizar um projeto  multissetorial  que  integre  iniciativa  priv ada  e  poder  público  para,  numa  perspectiva   de  longo  prazo,  consolidar  o  Brasil  como   polo  internacional  de  investimentos  e   negócios para América Latina. 

A função da BRAIN será coordenar esforços  e iniciativas dos diversos setores e áreas;  identificar  problemas  comuns  e  propor  so luções  convergentes,  tendo  em  vista  a   qualificação  do  país  para  ser,  na  Amér ica  Latina,  uma  ponte  na  conexão  entre  os   mercados latino-americanos e os mercados mundiais. 

O Brasil reúne, hoje, uma série de condições para desempenhar esse papel: ambiente  institucional e político estável e democrático; economia estabilizada, diversificada e  sólida;   perspectiva   de   crescimento   sustentado;   oportunidades   de   negócios   em    infraestrutura,  agroindústria  e  turismo;  mercado  interno  em  expansão;  crescente   interesse dos investidores internacionais; ambiente receptivo ao estrangeiro, e setor  financeiro  desenvolvido  dotado  de  regula ção,  governança  e  sistema  de  pagamentos que são referência mundial. 

"O objetivo de se ter um polo internac ional  de  investimentos  e  negócios  é  o  de   incentivar  a  criação  de  uma  rede  de  relações  entre  os  países  latino-americanos  e   desses  com  o  Brasil,  que,  por  sua  vez,  f uncionará  como  uma  ponte  com  os  centros   internacionais", explica o diretor-geral da BRAIN, Paulo Oliveira. "Muitos negócios com  ativos  brasileiros  ou  latino-americanos  que  hoje  são  realizados  em  Londres  e  Nova   Iorque poderão ser realizados aqui, no novo cenário que a BRAIN ajudará a construir",  detalha  o  diretor-presidente  da  BM&BOVESP A,  Edemir  Pinto.  "A  internacionalização   das  empresas  brasileiras  e  o  funcionamento  da  BM&FBOVESPA  como  um  portal  de   investimentos  operando  com  todos  os  países  da  região  e  facilitando  o  acesso  a   recursos pelas empresas da região, estão en tre os objetivos pretendidos", acrescenta. 

"O  polo  não  se  limitará  a  atrair  invest imentos  para  a  América  Latina,  ele  também   irradiará investimentos da América Latina para outras regiões", ressalta o presidente  da  Anbima,  Marcelo  Giufrida.  "Como  aconteceu  em  outros  polos,  espera-se  que  se   repita aqui o incentivo à criação e à expansão de atividades complementares ao polo  nos países vizinhos, com benefícios para toda s as economias envolvidas na iniciativa",  sublinha o presidente da FEBRABAN, Fabio Barbosa. 

A  BRAIN,  a  exemplo  de  empreendimentos  semelhantes,  incentivará  pesquisas  e   estudos, patrocinará fóruns de discussão, participará de entendimentos com o Poder  Público em todas as suas esferas e instâncias e buscará a aproximação dos interesses  dos  diversos  setores  da  economia  em  torno  de  propostas  convergentes.  Em  resumo,   será um catalisador de iniciativas dispersas, visando objetivos comuns. 

O  desenvolvimento  desse  polo  também  deverá  fomentar  o  desenvolvimento  da   infraestrutura urbana de transportes e de  telecomunicações; educação e capacitação  profissional,  em  todos  os  níveis,  desde  o  ensino  básico;  simplificação  da  legislação   tributária; atualização das regras cambiais, e desburocratização.  

O  lançamento  da  BRAIN  é  o  corolário  de  um   extenso  trabalho  realizado  pelas  três   entidades,  com  o  apoio  da  consultoria  internacional  Boston  Consulting  Group  (BCG),   que contou com a participação do governo fede ral, os estados e as prefeituras de SP e  RJ,  assim  como  de  economistas,  advogado s  e  especialistas  de  mercado.  O  trabalho   mostrou   que,   até   agora,   cada   país   da    América   Latina   tem   se   relacionado,    individualmente, com os diferentes polos internacionais, notadamente Londres e Nova  York.  Mas  a  relativa  rapidez  com  que  as   economias  latino-americanas  superaram  a   crise  financeira  internacional  mostrou  que  a  maturidade  atingida  impõe  maior   integração entre elas. 

O polo internacional de investimentos e negócios dinamizaria esse processo, trazendo  benefícios  como  geração  de  empregos,  maior  liquidez  e  menor  custo  de  capital  e   vantagens competitivas reforçadas para  a internacionalização das multilatinas.

Para mais informações, acesse www.brainbrasil.org .