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Boletim de Fundos de Investimentos

Ações lideram a entrada líquida de recursos no semestre e renda fixa, a saída

 

Apesar da crise causada pela pandemia, a indústria de fundos se mostrou resiliente frente à forte volatilidade do mercado. Em junho, a indústria encerrou o mês com patrimônio líquido total de R$ 5,46 trilhões, apenas 0,3% abaixo do patrimônio de dezembro de 2019. No semestre, registrou-se saída líquida de R$ 16,2 bilhões.

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O destaque positivo no período ficou com a classe ações. Além de apresentar o melhor resultado nos primeiros seis meses do ano (R$ 49,5 bilhões), não registrou nenhuma saída líquida mensal de recursos ao longo da crise e completa 21 meses sem resgates. Este movimento consolida a tendência observada, já há algum tempo, de que esses tipos de fundos se tornaram atrativos frente ao ambiente de juros baixos.

A classe multimercado, que chegou a registrar resgate líquido mensal de R$ 12,3 bilhões em maio, encerrou o semestre com entrada líquida de R$ 30,9 bilhões, o segundo melhor resultado da indústria. Somente em junho apresentou seu melhor resultado mensal no ano e o melhor resultado da indústria no mês (R$ 13,2 bilhões), o que sugere que o investidor doméstico pode estar com maior disposição ao risco.

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Já a classe renda fixa registrou o pior resultado da indústria, com saída líquida de R$ 95,2 bilhões no semestre. Quando analisamos a performance da classe separando pelos principais tipos, é possível perceber que os resgates líquidos foram concentrados nos tipos do segmento de varejo que apresentam maior liquidez, classificados como grau de investimento*, indicando que os investidores desse segmento podem ter solicitado resgates para atender à necessidade de reserva de emergência (no semestre, esses fundos acumularam saída líquida de R$ 192,5 bilhões).

Outros tipos também utilizados pelos investidores de varejo, os de crédito livre**, mas que buscam rentabilidade em investimentos de crédito de médio e alto risco, foram menos afetados e encerraram o período com captação líquida negativa de R$ 19,9 bilhões. Já os tipos que tendem a receber aportes dos investidores institucionais, os tipos soberano***, foram na direção contrária, com entrada líquida de recursos de R$ 99,6 bilhões, o que pode ser explicado pela busca de liquidez desses agentes em períodos de alta volatilidade.

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Legenda: *Renda fixa grau de investimento: fundos que investem pelo menos 80% do PL em títulos públicos federais (TPF) e crédito privado de baixo risco (renda fixa duração baixa grau de investimento, renda fixa duração média grau de investimento, renda fixa duração alta grau de investimento e renda fixa duração livre grau de investimento). **Renda fixa crédito livre: fundos que podem investir acima de 20% do PL em títulos de médio ou alto risco de crédito (renda fixa duração baixa crédito livre, renda fixa duração média crédito livre, renda fixa duração alta crédito livre e renda fixa duração livre crédito livre). ***Renda fixa soberano: fundos que investem 100% do PL em TPF (renda fixa duração baixa soberano, renda fixa duração média soberano, renda fixa duração alta soberano e renda fixa duração livre soberano). ****Outros: renda fixa simples, renda fixa indexados, renda fixa investimento no exterior e renda fixa dívida externa.

Em linha com a forte queda presenciada na bolsa – o Ibovespa perdeu 17,8% no semestre –, todos os tipos que compõem a classe ações apresentaram rentabilidade negativa no período. O tipo mais representativo, ações livre, encerrou com variação negativa de 12,33%. Na classe multimercados, quase todos os tipos obtiveram ganho no semestre, com destaque para o tipo investimento no exterior, que teve retorno de 5,82%. Na classe renda fixa, assim como os na classe multimercados, quase todos apresentaram rentabilidade positiva, o tipo com o maior PL da classe, renda fixa duração baixa grau de investimento, rentabilizou 1,16%.