Fundos registram resgate de R$ 20,1 bilhões no mês
A indústria de fundos encerrou abril com captação líquida negativa de R$ 20,1 bilhões, o pior resultado mensal em quase um ano – a última vez que se encerrou o mês com resgate líquido acima de R$ 20 bilhões foi em junho de 2018 em resposta à greve dos caminhoneiros. No acumulado do ano, a indústria ainda mantém entrada líquida de recursos de R$ 31,8 bilhões. Em abril de 2018, como comparação, a indústria havia registrado captação líquida de R$ 6,5 bilhões e acumulava R$ 64,9 bilhões de captação no ano.
Os principais resgates ocorreram nas classes Renda Fixa, com captação líquida negativa de R$ 8,9 bilhões, na qual houve saída pulverizada em várias carteiras; Multimercados, com saída de R$ 8,9 bilhões - movimento concentrado principalmente nos tipos que possuem maior aderência aos indicadores econômicos, indicando que os investidores estão realocando seus investimentos decorrente de uma recuperação econômica mais fraca do que a esperada; e FIDC com resgate de R$ 5,6 bilhões, concentrado em alguns fundos que investem em setores específicos da economia e não sinaliza um movimento conjuntural.
Nas demais classes que compõem a indústria de fundos os resultados vieram em linha com o observado ao longo dos últimos meses. A classe Ações encerrou o mês com captação líquida positiva de R$ 1,6 bilhão. Na classe Previdência a captação ao longo do mês foi na ordem de R$ 1,2 bilhão.
A rentabilidade da indústria seguiu o tom mais morno do mercado no mês de abril. Na classe Multimercados os tipos ANBIMA de maior representatividade, Investimento no Exterior, Livre e Macro rentabilizaram 0,76%, 0,69% e 0,65%, respectivamente. Nos tipos que compõem a classe Renda Fixa os tipos Duração Baixa Grau de Investimento, Duração Livre Grau de Investimento, Duração Baixa Soberano apresentaram retorno de 0,51%, 0,67% e 0,43%, nesta ordem. Dentro da classe Ações o tipo de maior representatividade, o Ações Livre, encerrou o mês com ganho de 1,25%.