A captação líquida da indústria de fundos em maio foi de R$ 44,9 bilhões, resultado superior ao de abril que registrou saída líquida de R$ 15,3 bilhões. No acumulado do ano, o volume captado foi de R$ 86,5 bilhões contra R$ 66,9 bilhões do mesmo período do ano passado.

O resultado no mês é explicado pelo movimento pontual e concentrado nas classes FIDC, que registrou captação líquida de R$ 37,7 bilhões, o maior resultado desde janeiro de 2011, e Renda Fixa, que encerrou maio com entrada líquida de R$ 10,6 bilhões, impulsionada pela captação de R$ 19,9 bilhões de um único fundo nos últimos dias do período.

Excluindo os movimentos concentrados no mês, o destaque positivo ficou com a classe Ações, com captação líquida de R$ 2,4 bilhões. O tipo de maior representatividade, Ações Livre, registrou entrada de R$ 1,5 bilhão. Esse resultado, sugere a busca por maior diversidade pelos investidores, reflexo da percepção de que os juros permanecerão baixos por um período mais longo.

O resultado no mês da classe Multimercados reforça essa percepção. Em maio, a classe apresentou saída líquida de R$ 5,1 bilhões, o segundo mês consecutivo de captação líquida negativa. No ano, essa classe registra entrada líquida de R$ 3,7 bilhões, enquanto no mesmo período de 2018 registrava R$ 45,0 bilhões.

A maioria dos tipos de fundo ANBIMA apresentou rentabilidade positiva no mês, reflexo da correção de preços após o aumento nas apostas de uma redução na taxa Selic ainda este ano (veja Boletim de Renda Fixa). Os tipos de fundo ANBIMA focados em ativos de prazos mais longos apresentaram as melhores rentabilidades. Os tipos Renda Fixa Duração Alta Soberano e Grau de Investimento tiveram retorno de 2,69% e 1,50%, nesta ordem.  Dentro da classe Multimercados os tipos Macro e Livre variaram 1,26% e 1,03%, respectivamente. Na classe Ações, o tipo Livre, que tem o maior PL dentro dessa classe, apresentou rentabilidade de 1,74% no mês.