Expectativa de corte gradual ajusta taxas de longo prazo / Captações locais recuam e se concentram em FIDCs / Indústria registra captação líquida expressiva em agosto
Às vésperas da reunião do FED, as apostas sobre a trajetória dos juros nos EUA ganharam fôlego, balizadas por declarações de representantes da autoridade monetária, o que causou volatilidade nos mercados.
No Brasil, o efeito foi o reforço da percepção de que a normalização da política monetária no País será mais gradual. Mesmo com a conclusão de processos políticos, o impeachment e a cassação do ex-presidente da Câmara, que adicionavam incerteza ao cenário, a queda de 0,6% do PIB no 2º tri, confirmando o baixo dinamismo do consumo e dos serviços, e a recuperação moderada dos investimentos reforçaram a expectativa de que a melhora da atividade também será lenta.
No segmento de renda fixa, o resultado do IPCA de agosto aumentou a possibilidade de queda dos juros no ano e de maior valorização dos ativos. Na indústria de fundos, os multimercados foram decisivos para a forte captação mensal. Já no mercado de capitais, apesar do recuo das ofertas, os instrumentos de securitização sinalizam uma recuperação dos volumes no curto prazo.