Volatilidade reflete incerteza dos agentes / Captações externas superam volume de 2015 / Valorização de ativos é interrompida em maio
Apesar da aprovação pelo Congresso de parte importante da proposta de ajuste fiscal do governo interino (nova meta de déficit e desvinculação de receitas), a criação de novos gastos e a incerteza sobre a base política de apoio às medidas econômicas alimentam dúvidas quanto à amplitude do esforço contracionista.
Diante desse quadro, a resiliência da inflação em maio, alta de 0,78% do IPCA e a troca do comando do BC, com reforço do compromisso com o centro da meta, reduziram as expectativas quanto à flexibilização da política monetária e motivaram um forte realinhamento dos preços dos ativos.
O segmento de renda fixa em maio capturou perdas entre os títulos de maior duration, que também impactaram o desempenho dos fundos de investimento. A maior rentabilidade da indústria acabou sendo observada nos tipos mais afetados pelo câmbio, que variou 4,18% no mês. No mercado de capitais, o destaque ficou por conta da expressiva captação externa da Petrobras, de US$ 6,8 bilhões, que abre espaço para novas emissões de empresas brasileiras.