Em 2022, o volume financeiro distribuído para os segmentos private e varejo somou R$ 5,1 trilhões contra R$ 4,5 trilhões de 2021, o que corresponde a um crescimento de 11,7% no período. O segmento private registrou a maior parcela de recursos alocada, com participação de 37,8% (R$ 1,9 trilhões). O varejo tradicional e o varejo alta renda representam 34,0% e 28,2% do volume total distribuído, respectivamente.  No ano, a maior elevação no patrimônio foi do varejo alta renda - 16,2% - seguidos do varejo tradicional e do private com 13,3% e 7,3% respectivamente.

A poupança, mesmo com uma redução de 4,0% em 2022, continua sendo a aplicação de maior representatividade, com 18,8% (R$ 949,3 bilhões) da alocação total dos recursos. Em seguida vem os investimentos em CDB/RDB com participação de 14,2% (R$ 715,9 bilhões) em relação a todos os instrumentos e que apresentou crescimento de 25,5% em 2022.

A predominância em ativos de renda fixa reflete o ciclo de alta dos juros e a perspectiva de manutenção da Selic em 13,75% por mais tempo do que o previsto inicialmente. Os títulos isentos (CRI, CRA, LCI e LCA) apresentaram taxas de crescimento anual relevante - 74,2%, 38,1%, 67,6% e 76,0%, respectivamente. No total, o movimento destes títulos representou um aumento de R$ 263,2 bilhões em relação ao ano anterior.

No varejo tradicional, a poupança é a aplicação predominante do segmento, representando quase a metade do volume alocado (47,0%). No varejo alta renda, a maior alocação é dos CDBs (22,0%), que apresentou crescimento de 24,8% em 2022, o equivalente à uma variação de R$ 62 bilhões. Em seguida vem a participação dos fundos de renda fixa, que representam uma parcela de 17,6%.

No private, as carteiras com maiores representatividades em 2022 foram os dos fundos multimercados e ações com 25,3% e 22,3% respectivamente. Entretanto, entre os ativos com volumes relevantes, o crescimento dos ativos isentos (CRI, CRA, LCI e LCA) corresponderam à uma variação positiva de R$ 82,7 bilhões. Vale ressaltar que previdência representa o terceiro instrumento de maior alocação (9,8% do total), o que equivale a um volume financeiro de R$ 187,3 bilhões.

O número total de contas teve aumento de 12,2% em 2022, o que equivale à uma variação positiva de 15,7 milhões de contas (não contabilizadas por CPF). O varejo tradicional, que detém 90,1% do total geral, apresentou elevação de 12,3%. O varejo alta renda e o private registraram participação de 9,8% e 0,1% respectivamente.