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Congresso 2020: Mercado de capitais brasileiro ainda tem muito espaço para crescer

Impulsionado pela baixa taxa de juros, 2020 se mostrou um dos melhores anos em número e volume de IPOs e follow-ons no Brasil

O mercado de capitais passa por um processo de transformação e crescimento, especialmente em ações e chegada de novas empresas à Bolsa. Caso a taxa de juros se mantenha baixa, esse é só o começo. Essa foi a conclusão de um dos debates de painel do Congresso Brasileiro de Mercado de Capitais, evento organizado pela ANBIMA e pela B3, nesta quinta-feira (27).

O ano de 2020 começou com força nas ofertas e dava indícios de que seria promissor para o setor. No entanto, veio a pandemia da Covid-19 e as emissões foram interrompidas entre março e abril. “Mas a recuperação foi rápida. Em maio, foram quatro operações e desde então houve uma aceleração bem impressionante a ponto de indicar este como um dos melhores anos em número e volume de abertura de capitais e ofertas aqui no Brasil”, conta Sérgio Goldstein, vice-presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA.

Até novembro, foram 25 estreias na B3, contra cinco operações em todo ano de 2019. Esses IPOs (oferta pública inicial de ações) movimentaram quase R$ 32 bilhões, volume 220% superior ao do ano passado. “Essa euforia deu uma segurada a partir de agosto”, avalia Goldstein. Mas o cenário, de acordo com ele, é de um mercado pujante, vetor de crescimento para o país, que ajuda as empresas a se financiarem.

golds.png O crescimento do mercado de capitais e a chegada de novas empresas à bolsa foram os assuntos do bate-papo entre Sergio Goldstein (ANBIMA, à esq.), Bruno Zaremba (Vinci Partners, à dir.) e Paulo Weickert (Apex Capital, centro)

 

“Estamos apenas no começo”, disse Paulo Weickert, sócio-fundador da Apex Capital. Para ele, o país está apenas no início da migração de investimento em renda fixa para outros ativos, como as negociações na Bolsa. “Mesmo atingindo recordes no número de CPFs na B3 ainda é um número baixo comparado a outros países”, lembra. Segundo o executivo, o juro baixo é o grande impulsionador e, se ele se mantiver em um dígito durante um bom tempo, será positivo para o crescimento do mercado de capitais e da Bolsa, com novas companhias sendo listadas.

Expectativas

Um dos desafios atuais é incentivar a entrada de pequenas empresas no mercado. Na opinião de Bruno Zaremba, head da equipe de Private Equity da Vinci Partners, a maioria das operações busca levantar mais de R$ 1 bilhão para ingressar no mercado de ações. “Se você vende um terço da companhia, está falando de uma empresa que vale R$ 3 bilhões. E, para ela valer isso, precisa de um lucro entre R$ 150 mil e R$ 200 mil. Esse é o tamanho da empresa que hoje poderia entrar no mercado”, diz, ao considerar que isso realmente restringe o acesso.

“Temos muitas companhias grandes que ainda são privadas e não listadas na Bolsa. Faz parte dessa evolução natural que a redução nas taxas de juros proporcione a chegada de companhias menores ao mercado. Mas é preciso que as pessoas físicas comprem ofertas, porque não serão os institucionais que farão essas compras. É uma questão de tempo”, diz Weickert. Ele compara a trajetória das empresas de menor capitalização com os fundos imobiliários no Brasil: eles cresceram ao longo do tempo e hoje são fortes e com ofertas de diferentes ativos, ancorados pelos investidores pessoa física.

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