Definidos no Acordo de Paris em 2015, os compromissos do Brasil no combate às mudanças climáticas ainda são desafiadores para o país. Por meio do nosso grupo de trabalho, formado por instituições do mercado financeiro atuantes nessa área, trabalhamos fortemente neste tema, com discussões sobre um dos pontos centrais dessa agenda: como ter um mercado de carbono nacional sólido e em linha com as melhores práticas internacionais.

“Há um enorme espaço para avançarmos no mercado de carbono. O tema de sustentabilidade é cada dia mais presente em todas as empresas. O mercado internacional segue crescendo ano após ano, e o Brasil tem um potencial enorme de geração de créditos que precisamos ajudar a concretizar” comentou Luiz Masagão, presidente do nosso Fórum de Negociação.

Hoje, debatemos propostas para regulamentação deste mercado, de sua governança, formato e natureza jurídica de seus ativos. Existem vários esforços do governo para desenvolver o mercado de carbono, que estão focados na construção de um sistema que estabeleça o inventário nacional de emissões; defina os limites de emissão e alocação de permissões por setor; e credencie metodologias de projeto e padrões de certificação para a geração de créditos em conformidade com os parâmetros internacionais.

“Como representantes deste mercado, temos um papel relevante para que as conversas com o governo avancem, e o grupo de trabalho é um grande aliado nessas interlocuções, já que conseguimos concentrar em um único lugar a opinião e expertise de diversos participantes deste mercado”, afirmou Eric Altafim, nosso vice-presidente.

A definição da natureza jurídica do crédito de carbono e de seu certificado representativo é relevante para que as instituições financeiras negociem esses papéis com maior segurança e facilidade e propiciem um mercado dinâmico, considerando o potencial do país para gerar esses créditos e o apetite de investidores de outros países.

“Em breve, teremos um mercado local de créditos de carbono e o mercado tem um papel relevante na geração de liquidez e facilitação da negociação desses créditos, gerando boas oportunidades de negócio para todos os participantes”, finalizou Masagão.

O nosso grupo de trabalho está em constante interlocução com participantes do governo - reguladores, ministérios e relatores - levando nossas contribuições aos projetos de lei que estão em elaboração com o objetivo de regular este mercado. Para os próximos passos, aguardamos a evolução destes projetos que devem estabelecer parâmetros para as emissões no país e para as empresas fazerem suas compensações.

Contribuir para o desenvolvimento do mercado de crédito de carbono faz parte da agenda de Desenvolvimento de Mercado do ANBIMA em Ação, conjunto de atividades que elegemos como prioritárias para o biênio 2023/24.

Conheça o ANBIMA em Ação

ANBIMA em Ação é o conjunto das principais iniciativas da Associação para este e o próximo ano. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, instituições parceiras, reguladores e lideranças da ANBIMA e resultou em três grandes agendas de trabalho: Agenda de Desenvolvimento de Mercado, Agenda de Serviços e Agenda Estruturante.

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