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“Há relutância dos clientes em aceitar que o movimento de queda de juros veio para ficar”

Segundo Carlos Kawall, do Safra e do nosso Grupo Consultivo Macroeconômico, o movimento de taxas de juros mais baixas não é passageiro. No entanto, ele pondera que os clientes do private não compartilham da mesma visão: “há relutância deles em aceitar que o movimento de queda de juros veio para ficar”, afirmou em painel do 7º Seminário de Private, que acontece na quarta-feira, dia 11, em São Paulo. O motivo são as lembranças do passado: os investidores se recordam de quando a Selic começou a cair no final de 2011 e logo voltou a subir em 2013.

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Luiz Severiano, do Itaú Private Bank, Cassiana Fernandez, do JP Morgan, Gustavo Arruda, do BNP Paribas, e Carlos Kawall, do Safra, abriram os debates do 7º Seminário de Private

 

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1 - arruda.PNGOs ganhos com investimentos não são os mesmos com a taxa de juros mais baixa. Mas será que os clientes estão preparados para tomar mais risco na busca por maior rendimento? “É fácil ser conservador quando se tem 14% do CDI”, brincou Gustavo Arruda (foto à direita), do BNP Paribas. Para ele, o desafio agora é também dos bankers e não se limita a apenas explicar o momento ao cliente, mas também a encontrar saídas, sempre de acordo com o processo de suitability, para que ele possa receber o rendimento que estava acostumado e garantir a diversificação do portfólio.

No entanto, é preciso limitar a animação que surge com a valorização dos ativos de maior risco. “É importante não criar aversão ao cliente aos ativos de risco. Se ele for rápido demais e não tiver rentabilidade, pode não topar mais investir nestes ativos para sempre”, disse Arruda. Para Luiz Severiano, do Itaú Private Bank e coordenador da nossa Comissão de Private, é preciso também conversar sobre o ponto de vista fiscal: “pode ser que o cliente tenha que mudar o modelo de vida dele e não apenas o portfólio”, disse.

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Cassiana Fernandez, do JP Morgan, explicou pontos estruturais sobre a mudança dos juros. Na média das últimas décadas, os bancos centrais do mundo cortaram quatro pontos base da taxa de juros. Algumas das razões para os cortes são a queda da produtividade e a mudança demográfica. “O PIB está caindo e a expectativa de vida é maior, fazendo uma realocação de propensão a consumir. Tudo isso tem ajudado a reduzir o juro real”, disse.

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A queda de juros ao redor do mundo e tendência de que eles se mantenham em patamares baixos foi analisada por Cassiana Fernandez, do JP Morgan

 

Mas a expectativa não é que o Brasil chegue aos juros reais próximos a zero ou negativos, como já acontece em outros países do mundo. Se nos Estados Unidos há muita poupança e poucas oportunidades para investimentos produtivos, no Brasil o panorama é outro. “O Brasil tem muita capacidade de liderar um ciclo de crescimento, especialmente em investimentos produtivos em áreas como infraestrutura, petróleo e gás. Há horizonte e demanda nestas áreas”, opinou Kawall.

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Os juros próximos de zero e a disputa comercial entre China e Estados Unidos fortalecem o dólar e a taxa de câmbio. Esta é uma variável importante para os clientes do private. “No Brasil, subimos a projeção de dólar mesmo após a aprovação da reforma da previdência”, disse Kawall sobre o impacto do ambiente externo. As projeções dos participantes do painel para o dólar no final do ano foram divergentes, passando de R$ 3,80 até R$ 4.

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Carlos Kawall, do Safra, mencionou que, mesmo com a aprovação da reforma da previdência, a projeção do dólar no Brasil subiu

 

+ Seminário de private: segmento deve repensar forma de trabalho dos bankers

Neste novo cenário, talvez seja a hora dos economistas incorporarem outras variáveis em seus modelos econométricos (ferramenta estatística feita para projetar variáveis econômicas). Umas delas é a demografia. “Apesar de crescer devagar, é uma tendência que ajuda a explicar o juro de longo prazo”, exemplificou Arruda. Para Cassiana, o papel do economista é ter sensibilidade para revisar esses modelos, mas não apenas isso. “Modelos são fundamentais, são ferramentas importantíssimas, mas quem está atrás da ‘maquininha’ também é essencial”, disse.

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