Impactos e aspectos regulatórios dominam debate sobre finanças descentralizadas
Mais de 50 pessoas participaram de evento sobre o tema na sede da AssociaçãoMais de 50 pessoas, entre lideranças dos nossos fóruns e comissões, participaram do 1º Workshop de Finanças Descentralizadas, que realizamos na quinta-feira, 2 de junho, em parceria com a Accenture. O evento trouxe um panorama sobre as discussões de criptoativos, tokenização de valores mobiliários e potenciais impactos da tecnologia blockchain no mercado de capitais, além de aspectos regulatórios.
A nossa superintendente de Representação Institucional, Patrícia Herculano, abriu o evento destacando que as finanças descentralizadas são um tema prioritário para a Associação este ano e integra o nosso Plano de Ação como parte das iniciativas de inovação. Dentre os objetivos do projeto, Patrícia destacou “a produção e disseminação de conhecimento sobre o tema, a exploração de casos de uso e dos potenciais impactos nos mercados financeiros e de capitais”. Além disso, ela destacou o propósito educativo desse 1º workshop e o papel das lideranças na condução do projeto.
Ela lembrou que a Associação olha para as soluções baseadas em blockchain e outras tecnologias DLT (Distributed Ledger Technology) há bem mais tempo. Em 2019, por exemplo, lançamos um estudo para facilitar a análise e o entendimento sobre os criptoativos. Mais recentemente, em 26 de maio, divulgamos um material introdutório sobre tokenização, com os principais conceitos e impactos dessa nova tecnologia no mercado de capitais.
Na sequência, Ricardo Heidel, sócio da consultoria Accenture, falou sobre a atual relevância da cripto economia. “Para se ter uma ideia, os números desse setor atingiram em janeiro deste ano 1,5 trilhão de dólares em negócios e há projeções da Accenture de que até 2027 a jornada de tokenização tenha um aumento de mais de 10% dos ativos que serão tokenizados”, falou Heidel.
Para o especialista da Accenture, é preciso ter atenção tanto nos aspectos técnicos, como na escalabilidade e segurança dessas inovações, já que não há padrões estabelecidos.
A discussão e implantação da tecnologia de registro descentralizado crescem nas empresas pelo mundo, mas ainda há muito a evoluir segundo John Lee, mediador internacional e especialista em blockchain da Accenture. Em sua participação, ele ressaltou que um mercado mais organizado e regulado tende a dar mais confiança aos investidores, em especial os institucionais. Ele comentou sobre a evolução do mercado blockchain e a relevância do mercado cripto, que já chegou a US$ 3 trilhões no mundo (explodiu durante a pandemia e arrefeceu na sequência).
Patricia encerrou o evento destacando a importância de disseminarmos e trocarmos informações sobre o assunto, tanto no que se refere aos aspectos de negócios, como tecnologia e desafios para uma maior integração de informações. Ela ressaltou que esse foi o primeiro de muitos eventos sobre o tema que faremos nos curto e médio prazos.