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MKBR22: Negócios da periferia seguem à margem do mercado financeiro

O acesso ao capital para empreender, de forma desburocratizada e barata, está distante de ser uma realidade no Brasil. Mas para um grupo específico de empreendedoras, as negras da periferia, as dificuldades são ainda maiores. Com o título “Perspectivas empreendedoras para o mercado”, o painel realizado nesta quarta-feira no MKBR, evento promovido pela ANBIMA e B3, reuniu duas mulheres que despontam quando o assunto é a busca pelo acesso ao mercado financeiro.

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Karine Oliveira, da Wakanda (esq), e a influenciadora digital Michela Galvão (centro) falaram sobre as dificuldades de mulheres negras e empreedoras com a jornalista Débora Freitas (dir)

Karine Oliveira, CEO da Wakanda Educação Empreendedora, e Michela Galvão, influenciadora digital, especialista em DeFi, youtuber e Idealizadora do Projeto "Diversas Criptos", deram seus depoimentos sobre a dificuldade das mulheres negras empreendedoras em serem reconhecidas pelas instituições bancárias pelo potencial que possuem.

“É um olhar muito pobre sobre a população periférica porque tem muita grana circulando nestas regiões e uma capacidade de empreender enorme, mas que precisa de dinheiro para crescer”, comenta Karine, acrescentando que tem um “pré-sal de dinheiro” na periferia e de possibilidades que as instituições tradicionais não enxergam.

O instituto de pesquisa Data Favela, lembraram as empreendedoras, apurou um valor de R$ 120 bilhões movimentados só nas favelas brasileiras. “Acho que precisa de pessoas pretas também ajudando na construção de produtos do mercado financeiro, elas ajudariam as instituições a nos entender. Não queremos auxílio, mas crédito. São mulheres que só pegam a grana que conseguem pagar, líderes de pequenas empresas e que buscam crescer.”

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Karine Oliveira e Michela Galvão destacaram a enorme capacidade de empreendedorismo e inovação nas favelas brasileiras

A proposta de Michela Galvão para mudar esta realidade vai na mesma direção. “Os grandes bancos, o mercado financeiro tradicional tem que voltar o olhar e a escuta para dentro das comunidades. Não pode seguir vendo como mão de obra barata, escrava. Na favela a gente inova sempre. O mercado tradicional tem que acessar este público que pratica o famoso ‘se não me vejo eu não compro’”, comenta a influenciadora, citando sua própria história que buscou acesso ao crédito e a investimentos via blockchain. “A tecnologia está democratizando o acesso a finanças. Pessoas se apropriando das tecnologias e na periferia a maioria é mulher.”

 

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