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MKBR22: Tecnologia blockchain vai impactar todas as indústrias a exemplo da internet

A tecnologia de blockchain vai impactar todas as indústrias nos próximos cinco anos, assim como aconteceu com a internet e, cada vez mais, o mercado tradicional de ativos deve ser diversificado por conta deste segmento. A avaliação foi feita por especialistas que participaram do painel MKBR22, evento organizado pela ANBIMA e pela B3, nesta quinta-feira.

+Acompanhe o MKBR22

Para Roberta Antunes, da Hashdex, o mercado evoluiu muito nos últimos anos, principalmente no aspecto de prevenção à lavagem de dinheiro e negociações ilícitas. “Hoje existe um consenso sobre o que cada país deve usar para evitar ações próximas a crimes. A maturação da tecnologia de blockchain é muito transparente”, avalia.

Alexandre Ludolf, da QR Capital, concorda e lembra do estigma atrelado à moeda anos atrás: “no início tinha o estigma de ser moeda da criminalidade, isso acabou. Hoje é muito mais difícil fazer uma coisa irregular em cripto ”, explica. 

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Roberta Antunes, da Hashdex (esq.), Alexandre Ludolf, da QR Capital (telão), e George Wachsmann, da Empiricus Investimentos (dir), participaram do painel 'O que tem na carteira do futuro?'

O executivo ressalta ainda as vantagens do investimento em ativos digitais por meio da estrutura de fundos de investimento, que é bastante positiva dada toda a regulamentação existente, prestadores de serviço e regras de compliance. “O mundo regulado hoje oferece os melhores produtos para dar tranquilidade aos investimentos de longo prazo. Talvez, daqui cinco anos, os fundos vão ser token”, avalia. 

Apesar do grande avanço da tecnologia blockchain, Roberta ressalta que a parte de custódia ainda requer cuidados. “Os ativos digitais requerem mais cuidados, segurança, processos e tecnologia. Hoje, na Hashdex, nós não fazemos custódia apenas com um custodiante, é diversificado e em diferentes geografias. O maior desafio e também oportunidade é para implantar a custódia no país”, afirma. 

A executiva avalia ainda que, no longo prazo, a tecnologia blockchain vai impactar todas as indústrias, assim como aconteceu com a internet no passado. Para ela, essa tecnologia vai permitir a desintermediação no mercado tradicional. “O mundo está em busca de eficiência”. 

Para daqui alguns anos, Ludolf acredita ainda mais no amadurecimento dessa classe de ativos que deve passar a ofertar produtos para todos os tipos de investidores. “Eu acho que cada vez mais o mercado tradicional vai entrar em cripto. Não tem mais volta, a infraestrutura vai dominar. No futuro tudo vai ser tokenizado, as opções de investimentos vão diversificar muito”, estima.

Os executivos avaliam também que o processo de educação sobre o tema tem contribuído para o investidor entender melhor o mercado, e não se desesperar em momentos de fortes perdas, como a que se vê este ano, em torno de 60% a 70%. 

Roberta dá duas dicas para quem quer entrar neste mercado. A primeira é pensar que se trata de uma tecnologia de longo prazo e tende a ser muito volátil, mas que tem potencial de grandes ganhos num horizonte maior. A segunda é a manutenção de uma carteira diversificada.

Na opinião de Ludolf, a volatilidade deste mercado é atribuída ao fato de ser um segmento com muita liquidez, transparência de preço e com facilidade de acesso. Sobre a forma de escolher os bons projetos para o portfólio de investimentos, o executivo pondera que é preciso avaliar se o mesmo possui fundamento, se há razão para este projeto existir e se ele vai estar aqui daqui dez anos. 

George Wachsmann, da Empiricus Investimentos, finalizou lembrando que é importante ter uma parcela da carteira de investimento alocada neste segmento, contudo, o ideal é que essa exposição seja uma pequena parte do portfólio.