Ofertas no mercado de capitais atingem R$ 717 bilhões no ano e batem novo recorde
Considerando apenas novembro, a captação das empresas chegou a R$ 98,6 bilhões, o maior volume mensal de 2025, de acordo com os dados da AnbimaAs ofertas no mercado de capitais somaram R$ 98,6 bilhões em novembro, o maior volume mensal de 2025 e mais do dobro –alta de 111,1%-- do registrado no mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante levou o acumulado de janeiro a novembro a R$ 717,2 bilhões, com um aumento de 4,5% na comparação com igual intervalo em 2024 e batendo um novo recorde para o período na série histórica iniciada em 2012.
“O resultado foi puxado pelo desempenho de diversos tipos de produtos, com títulos de dívida, renda variável, instrumentos de securitização e híbridos mostrando como o mercado de capitais está conseguindo atender as necessidades de capital como um todo das empresas em várias frentes”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
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As emissões de debêntures atingiram o valor recorde para o intervalo de R$ 433,0 bilhões, 6,8% acima do patamar contabilizado no mesmo período em 2024. A maior parte dos recursos captados foram destinados para investimentos em infraestrutura (34,6%), pagamento de dívidas (27,9%) e gestão ordinária (16,8%). O prazo médio dos papéis alcançou 8,2 anos.
As notas comerciais, criadas para facilitar o acesso ao mercado de capitais com ofertas menos burocráticas, também chegaram ao volume inédito de R$ 44,2 bilhões nos onze primeiros meses do ano, com uma expansão de 13,4%.
Entre os instrumentos de securitização, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) se destacaram, com as companhias levantando o montante recorde de R$ 77,6 bilhões de janeiro a novembro, 10,2% acima do registrado no mesmo período em 2024.
Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) somaram R$ 40,5 bilhões em 2025, apresentando uma redução de 25,9%. Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), por sua vez, registraram R$ 39,5 bilhões no acumulado, com crescimento de 7,4% no confronto com o mesmo intervalo do ano passado.
No segmento de títulos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) contabilizaram em novembro o maior valor mensal já registrado (R$ 13,8 bilhões), o que tornou 2025 o ano com maior volume de emissões (R$ 56,7 bilhões) em toda a série histórica mesmo antes de acabar.
Na renda variável, as operações de follow-on somaram R$ 10,5 bilhões em novembro, levando o acumulado do ano a R$ 15,0 bilhões.