As companhias brasileiras levantaram R$ 15 bilhões no mercado de capitais em abril. O resultado representa o menor volume mensal desde maio de 2020. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o total de operações chega a R$ 82,6 bilhões, o que corresponde a queda de 40,5% em relação ao mesmo período de 2022.

Mais da metade (52%) do volume registrado em 2023, até abril, veio das ofertas de debêntures, que somaram R$ 43 bilhões. Na comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado, houve recuo de 41,4%. “Passamos por um momento de desaceleração e de incertezas, mas vemos que as empresas seguem recorrendo ao mercado de capitais para a gestão de seus negócios e para levantar recursos aos seus projetos. Mais da metade das operações com debêntures neste ano, por exemplo, tiveram como finalidade o aumento do capital de giro e o investimento em infraestrutura”, afirma José Eduardo Laloni, nosso vice-presidente.

As notas comerciais somaram R$ 2 bilhões em abril, o maior volume mensal de 2023. No acumulado do ano, o resultado é de R$ 5,4 bilhões, o que representa queda de 53,1% em relação ao mesmo período de 2022. Entre os produtos de securitização, os montantes também caíram na comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado: 36,6% entre os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e 20,5% entre os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).

Na renda variável, os últimos meses foram mais aquecidos em follow-ons (ofertas subsequentes de ações). Em abril, foram R$ 2,7 bilhões. No mesmo mês do ano passado, houve apenas uma operação, de R$ 629 milhões. No ano, as ofertas somam R$ 6 bilhões, com queda de 51,2% na comparação ao mesmo período de 2022.

No mercado externo, as emissões de dívida de empresas locais somaram US$ 4 bilhões entre janeiro e abril, ante um volume de US$ 5,5 registrado em doze meses do ano passado. Na comparação entre os primeiros quadrimestres dos dois anos, entretanto, houve queda de 20,7%.

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