ANBIMA revisa para cima projeções de juros e de inflação até dezembro
São Paulo, 19 de julho de 2016 – Pela primeira vez no ano, os economistas do Comitê Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revisaram para cima as estimativas da taxa Selic para o final de 2016, de 12,75% para 13,25%. A projeção da inflação subiu de 6,94% para 7,19%.
As informações estão no Boletim Macroeconômico, que consolida as projeções de 25 economistas de instituições financeiras associadas à ANBIMA. Eles que se reúnem a cada 45 dias para analisar a conjuntura econômica e os cenários para a economia brasileira e internacional.
“Essas estimativas indicam que coexistem no grupo expectativas de um aumento no ritmo de queda de inflação em razão do forte desaquecimento da economia, que contrasta com a percepção de outros economistas de que a baixa tolerância da atual equipe do Banco Central com um nível de inflação que não permita a convergência para a meta poderá adiar o início da redução dos juros para o ano que vem”,informa o relatório.
PIB
Os resultados dos últimos indicadores econômicos devem resultar em uma retração da economia no segundo trimestre maior do que a inicialmente prevista., segundo os economistas. Mesmo assim os economistas reduziram o PIB para este ano de 3,50% para 3,20%, Para 2017, a previsão de aumento de 1% foi revisada para 1,10%.
“Para os economistas, contribuíram para a melhora moderada das expectativas a elevação do nível de confiança dos agentes, os sucessivos superávits no segmento comercial, os resultados que apontam uma recuperação gradual de alguns setores na indústria com ajustes relevantes nos estoques e a volta de emissões corporativas no mercado externo. Também foi lembrada a redução do nível de alavancagem das famílias, explicitada pela maior queda do consumo em relação à massa salarial, o que anteciparia uma redução do nível de inadimplência”, informa o relatório.
Dólar
Para o final de 2016, a projeção para a taxa de câmbio ficou em R$ 3,45, contra R$ 3,70 da reunião anterior, o que corresponde a uma apreciação da moeda doméstica 11,65% no ano. O Comitê mostrou-se dividido quanto à trajetória da taxa de câmbio. A maioria das estimativas (52%) concentrou-se no intervalo entre R$ 3,00 e R$ 3,50, enquanto 48% das apostas situaram-se entre R$ 3,50 e R$ 4,00. Dentre as projeções do Comitê, a mínima e a máxima registradas foram de R$ 3,15 e R$ 3,75, respectivamente.
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