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2023#01: Boards sustentáveis evitam a síndrome de impostor ESG às avessas
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2023

#01: Boards sustentáveis evitam a síndrome de impostor ESG às avessas

Boards sustentáveis: como integrar ESG nos conselhos das empresas

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A percepção da sustentabilidade, responsabilidade e inclusão no mundo dos negócios passou por uma transformação significativa nos últimos anos. O que antes era considerado um fardo e uma atividade que não gerava valor agora é reconhecido como essencial para o sucesso e a reputação. Espera-se que tanto gestoras de ativos quanto corporações abracem e comuniquem suas estratégias ESG (ambientais, sociais e de governança). 

Está mais do que na hora dos conselhos administrativos (os boards) fazerem um upskill das competências no que diz respeito a ESG, escreve a economista Ranjita Rajan, presidente executiva da Oxford Global Partnership, e head de relacionamento ESG na SSEE (Smith School of Enterprise and the Environment), da Universidade de Oxford, com o mercado corporativo.

No artigo sobre a urgência de ter "boards sustentáveis", Rajan aponta uma "síndrome de impostor às avessas", que pode se tornar um grande inimigo da reputação corporativa se não for endereçada. "A mudança na forma como o ESG é percebido desencadeou um frenesi afirmativo, mas a capacidade das empresas de discriminar entre expertise e comportamento oportunista ainda não foi alcançada", escreve. 

"Esse mundo ESG está nos tornando especialistas e impostores ao mesmo tempo", diz ela, citando a frase de Andrew Parry, atualmente head de investimentos do fundo JO Hambro Capital Management e especialista em sustentabilidade. O motivo é a mudança rápida demais das tecnologias, práticas e padrões ligados a ESG. "O que era tecnologia de ponta há três anos agora é normal. É, portanto, impossível para alguém ser um “especialista” em todos os aspectos do ESG", escreve. 

O complexo ambiente ESG

A amplitude e complexidade do ambiente ESG apresentam um desafio para as empresas, escreve a economista. Surgiram inúmeros padrões e estruturas, cada um com seu conjunto de requisitos, e as empresas se sentem obrigadas a aderir a múltiplas diretrizes para evitar serem rotuladas como negligentes. Além disso, as questões atendidas por ESG abrangem uma ampla gama, incluindo áreas como gestão de resíduos, mudanças climáticas, direitos trabalhistas, diversidade e estratégia tributária. Quantificar algumas métricas é viável, enquanto outras exigem uma avaliação mais qualitativa. A natureza dinâmica desse espaço exige uma constante adaptação e um compromisso com a aprendizagem contínua, argumenta Rajan.

O papel dos conselhos na integração ESG

Os conselhos desempenham um papel fundamental na condução da transição para o desenvolvimento sustentável net zero e na garantia de liderança e governança de alta integridade. No entanto, quando se trata de marketing e comunicação ESG, os conselhos se encontram em uma posição desafiadora. Empresas sem um especialista no tema dentro dos boards podem ser tanto péssimos players, que arriscam cair no greenwashing - prática de camuflar ou exagerar informações sobre os impactos de uma empresa no meio ambiente -, ou líderes silenciosos que integraram efetivamente os riscos e oportunidades do ESG. Equilibrar autenticidade, transparência e uma mentalidade de crescimento é essencial.

Ranita Rajan tem conselhos para criar boards sustentáveis:

  1. Criação de valor alinhada à missão: as empresas devem alinhar objetivos comerciais com a criação de valor responsável, sustentável e inclusivo, ao mesmo tempo em que reconhecem as próprias responsabilidades ambientais e sociais.
     
  2. Diversidade na contratação: a diversidade cognitiva, experiencial e socioeconômica deve ser priorizada durante a contratação para os conselhos. Ela promove uma melhor tomada de decisões e aprimora os resultados financeiros.
     
  3. Mentalidade de pensamento sistêmico: adote uma abordagem holística do ESG, considerando as interconexões entre fatores ambientais, sociais e de governança. Compreender as interdependências é essencial para gerenciar riscos e identificar oportunidades.
     
  4. Promover a transparência: as empresas devem ser transparentes sobre metas, progresso e impactos ESG. A divulgação precisa aumenta a confiança dos stakeholders e evita acusações de greenwashing.
     
  5. Colaboração e aprendizagem contínua: a colaboração com partes interessadas e o compartilhamento de melhores práticas são cruciais para a integração ESG bem-sucedida. O estabelecimento de parcerias pode acelerar o progresso e melhorar os resultados.
     
  6. Governança de alta qualidade: as empresas devem estabelecer práticas de governança sólidas e garantir que o conselho esteja adequadamente equipado para lidar com ESG. Um compromisso com a excelência, competências e aprendizado contínuo é necessário para aproveitar as oportunidades apresentadas pela integração ESG.

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