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Brasileiros somam R$ 3,37 trilhões em investimentos até o fim do primeiro semestre

Os investimentos dos brasileiros alcançaram R$ 3,37 trilhões até o primeiro semestre deste ano, uma alta de 3,2% em relação ao montante acumulado em dezembro de 2019. De acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o aumento se concentrou no segmento de varejo tradicional, que cresceu 10% no volume financeiro no período.

A alta foi puxada pelos depósitos do auxílio emergencial na poupança: a caderneta bateu recordes de captação em abril (R$ 30,5 bilhões) e maio (R$ 37,2 bilhões). Isso contribuiu também para o aumento de 17,5 milhões de contas-poupança no semestre, o que representa 90,6% das 19,3 milhões de novas contas do período.

“Foi um movimento unânime em todas as regiões do país. As contas foram criadas para pagamento do auxílio, mas vamos colher bons frutos desse movimento mais à frente, pois a poupança é a porta de entrada dos brasileiros para a formação de uma reserva de investimentos”, avaliou José Ramos Rocha Neto, presidente do Fórum de Distribuição da ANBIMA, em entrevista coletiva online à imprensa nesta quinta-feira.

A região Norte foi a que liderou o crescimento percentual no número de contas no geral nos últimos 12 meses, com um aumento de 48,9%, totalizando 5,4 milhões de contas. Na sequência está o Sudeste, com 39,6% de variação, seguido por Nordeste (37,5%), Centro-Oeste (36,9%) e Sul (31,8%).

Formação da carteira

Esses aportes levaram a poupança a ganhar espaço na composição das carteiras, chegando a 68,8% das alocações do varejo tradicional. As ações também ampliaram participação: foram de 14,7% do volume do private, em junho de 2019, para 17,3% em junho de 2020. No varejo alta renda, as porcentagens desses papéis na carteira dos investidores cresceram de 6,6% para 8,1% e, no tradicional, de 1,2% para 1,4%, na mesma base de comparação.

Enquanto isso, os fundos de renda fixa bateram as menores participações históricas. A maior redução foi no varejo alta renda, de 36,1% em junho de 2019 para 27,1% em junho deste ano. No varejo tradicional, a queda foi de 13,5% para 11,1% da carteira e, no private, de 10,1% para 7,2%, nos mesmos períodos.

Variação do volume financeiro

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) foi o produto com maior variação do volume financeiro no semestre em todos os segmentos: cresceu 52,5% no private, 48,4% no varejo alta renda e 17,1% no varejo tradicional. “O CDB se caracteriza por ser um porto seguro, uma alternativa conservadora para o investidor em um momento de insegurança, como aconteceu logo no início da pandemia”, comenta Rocha.

As ações também tiveram variação positiva. Em relação ao primeiro semestre de 2019, esses produtos tiveram altas de 14,4%, no volume do varejo alta renda, e 11,7% no varejo tradicional. O resultado foi influenciado pela alta no número de investidores na B3. Em abril, a bolsa bateu recorde de 2 milhões de contas e, em junho, alcançou novo recorde de 2,6 milhões. “O movimento de baixa da taxa de juros faz com que as pessoas busquem um pouco mais de risco e alternativas de rentabilidade”, explica Rocha.

Crédito no private

Os empréstimos concedidos aos investidores pessoas físicas do private cresceram 18,8% na primeira metade deste ano: foram R$ 47,8 bilhões de recursos em junho. A destinação para capital de giro foi a que mais cresceu (56,6%), indo de R$ 4,5 bilhões em dezembro de 2019 para 7,2 bilhões em junho deste ano, seguida por fiança (24,5%) e imobiliário (24,2%).

“Percebemos uma corrida para tomada dos limites de crédito logo quando a pandemia começou no Brasil, pois havia um horizonte de incerteza pela frente”, comentou Rocha. Paralelamente, a isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em empréstimos a partir de abril e a baixa na taxa de juros, com a Selic chegando a 2,25% em junho, estimularam a tomada de crédito.

Confira as estatísticas na íntegra: varejo e private.

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.