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Mulheres são 35,4% do mercado de capitais, revela ANBIMA

São Paulo, 2 de setembro de 2025 – O mercado de capitais é formado por 35,4% de mulheres e a gerência é o nível hierárquico mais perto do equilíbrio de gênero (são 55,5% de homens e 42,9% de mulheres). Os números foram levantados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), na segunda edição da pesquisa Diversidade e Inclusão no Mercado de Capitais, divulgada nesta segunda-feira.  

“São informações inéditas e necessárias para o avanço da agenda de diversidade e inclusão. Dados transparentes e confiáveis são a base para construir iniciativas concretas. Ter tantas instituições com essas informações estruturadas e dispostas a dar transparência sobre os números mostra que o mercado está engajado na pauta”, explica Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima. 

Confira o relatório completo.

O resultado do setor em gênero é influenciado pelas assets, que são a maioria das instituições participantes da pesquisa e possuem 31,9% de mulheres. “O engajamento das assets aumentou muito nos últimos anos. É só notar como cresceram o número de respondentes à nossa pesquisa e a participação das instituições na rede. O desafio adicional do segmento é que estamos falando de empresas pequenas e médias, com equipes e rotatividade menores”, afirma Billi. No caso dos bancos, as mulheres são 43,4%, e nas corretoras e distribuidoras, 40,9%. As mulheres são maioria (52,6%) em “outros segmentos”, que inclui outras instituições do universo financeiro não abarcados pelas demais categorias. 

Ciente da necessidade de avançar, o mercado mostra intencionalidade para buscar a equidade de gênero. A contratação com foco em grupos minorizados é implementada por 59% das instituições, com priorização de mulheres (45%). Pessoas pretas (31%) e pessoas com deficiência (28%) aparecem na sequência, seguidas de vagas para multigerações (24%) e pessoas LGBTQIA+ (14%). 

"As mulheres são o público-alvo mais priorizado nas práticas de inclusão, seguidas por pessoas pretas e pardas. Essa intencionalidade reflete a postura das casas em atuar para ampliar a representação desses públicos nas equipes, alcançando um patamar mais próximo do que representam na sociedade brasileira", analisa o superintendente. 

Perfil de raça e deficiências 

Assim como em gênero, o recorte de raça tem os melhores resultados nos cargos de gerência. Enquanto o setor como um todo tem 80,9% de pessoas brancas, 15,5% de pretas e pardas, 3,5% de amarelas e 0,1% de indígenas, nesse nível hierárquico especificamente a representatividade é de 73,6% de brancas, 23,5% de pretas e pardas, 2,8% de amarelas e 0,1% de indígenas. 

Ações práticas 

Iniciativas focadas em parentalidade, desenvolvimento profissional e contratação de grupos minorizados são as mais adotadas pelo mercado: todas têm adesão de mais da metade das instituições.  

“Iniciativas pragmáticas ajudam a evoluir na agenda de maneira mais imediata. Ao mesmo tempo, funcionam como pontos de partida para a evolução rumo a ações mais estratégicas e com uma perspectiva ESG abrangente”, observa o executivo da Anbima. 

A maior parte das instituições tem espaço para avançar na definição de compromissos, metas e censo das equipes, que são implementadas por 34%, 28% e 27%, respectivamente, e sustentam a diversidade no longo prazo. “O desafio é alinhar aspectos de maior fôlego, como metas, com ações práticas de curto prazo. Esse tende a ser o caminho para o desenvolvimento consistente e sustentável dessa agenda no setor”, diz. 

Engajamento 

A pesquisa mostra o setor mais engajado: 92% das instituições avaliam que a agenda D&I evoluiu desde 2022 e nenhuma identifica retrocesso. As casas também têm percepção positiva quanto à própria atuação: 55% se consideram engajadas – mais que os 37% que tinham essa autoavaliação em 2022. Para a maior parte (84%), a própria atuação evoluiu e apenas 16% acham que a agenda estagnou dentro de casa. 

A avaliação positiva aumenta entre as que participaram pelo menos uma vez da Rede Anbima de Diversidade e Inclusão, plataforma aberta de compartilhamento de informações e experiências. Nesse recorte, 93% perceberam algum grau de evolução e só 7% identificam estagnação, frente a 84% e 16%, respectivamente, na média geral.  

“A criação da Rede foi uma resposta à demanda do mercado por conhecimento técnico, debates qualificados e troca de experiências sobre diversidade. Essa busca por parâmetros e políticas foi um dos desafios revelados na primeira edição da pesquisa”, conta o superintendente. “O fato de as casas que se conectam com a Rede terem melhorado sua própria percepção de engajamento mostra que se aproximar de grupos e movimentos ligados a diversidade pode ajudar a se comprometer com a pauta e impulsionar o mercado”, acrescenta. 

Desafios 

Ampliar o engajamento das lideranças na condução dos processos é principal desafio para 42%.  

“As lideranças são cruciais para consolidar a diversidade nas instituições, pois estabelecem prioridades estratégicas e atuam sobre as estruturas institucionais que podem fortalecer a inclusão como um valor compartilhado da companhia”, afirma Billi. 

Entre as equipes, a pauta provoca simpatia. Apenas 9% das instituições consideram o engajamento de colaboradores como desafio para a evolução. "Isso evidencia a identificação dos times com a agenda, o que facilita o processo de aculturamento", comenta. Os percentuais ficam nessa faixa para assets (9%) e corretoras e distribuidoras (8%). Entre os bancos, o cenário é ainda mais positivo: nenhuma casa indicou resistência dos colaboradores como obstáculo a ser superado. 

Confira a página especial com os principais resultados.

Sobre a pesquisa 

A segunda edição da pesquisa de Diversidade e Inclusão no Mercado de Capitais teve 154 instituições participantes. Os respondentes são casas associadas, que seguem a autorregulação da Anbima ou que integram a Rede Anbima de Diversidade e Inclusão. As respostas para o levantamento foram captadas entre agosto e setembro de 2024 por meio de um questionário enviado por e-mail. As instituições foram classificadas em quatro categorias, de acordo com o segmento em que atuam e a declaração feita na pesquisa: assets (gestoras e alocadoras de recursos); bancos (comerciais, de investimento, múltiplos e conglomerados); corretoras e distribuidoras; e outras (serviços financeiros não inclusos nas demais categorias). 

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.