Private Bankings acumulam R$ 400 bilhões em recursos sob gestão
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) acaba de divulgar estatísticas do setor de Private Banking para o primeiro trimestre de 2011. Os números mostram que o setor atingiu, no final de março, R$ 400 bilhões em recursos sob gestão, 7,7% mais do que os R$ 371 bilhões registrados no final de 2010.
“Os R$ 29 bilhões adicionais mostram que a indústria de Private Banking no Brasil segue crescendo com taxas anualizadas de mais de 20%, como em 2010, bem acima da média global e mesmo da America Latina”, explica Rogério Pessoa, presidente do Subcomitê de Base de dados do Private Banking da ANBIMA. Vale lembrar que a queda do número de clientes apresentada nas estatísticas, de 63.224 em dezembro para 63.203 em março, não significa que o setor não conquistou novos clientes. Isso porque no início do ano houve uma reclassificação dos clientes e alguns deixaram de ser Privates para serem atendidos por outras áreas dos bancos, porém muitos novos clientes também foram conquistados no primeiro trimestre.
A participação dos fundos de investimento subiu em relação aos outros produtos. No final do primeiro trimestre, 45,1% dos recursos sob gestão estavam em fundos, contra 43,7% em dezembro. O destaque são os fundos Multimercados exclusivos ou restritos, que concentram R$ 58 bilhões, ou 14,6% do patrimônio do setor.
O montante investido em títulos e valores mobiliários pelos Private Bankings subiu de R$ 187 bilhões para R$ 198 bilhões, apesar da ligeira queda de participação, que foi de 50,3% para 49,5%. A maior parte foi destinada a compra de títulos privados, cujo volume aplicado, que era de R$ 112 bilhões, passou para R$ 120 bilhões.
Geograficamente, a região que mais cresceu foi a Norte, que atingiu R$ 1,3 bilhão, um incremento de 32,3% em relação ao fechamento de 2010. Em seguida veia o Centro-Oeste, que viu seu patrimônio saltar 14,8%, para R$ 7,7 bilhões no período.
Já o número de profissionais com a certificação CFP (Certified Financial Planner) nos primeiros três meses do ano subiu de 255 para 277, o que representa 16,9% dos profissionais em atividade neste segmento no Brasil.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.