Renda fixa: prefixados lideram em rentabilidade em outubro, segundo a Anbima
São Paulo, 17 de novembro de 2025 – Outubro consolidou os títulos prefixados como destaque entre os papéis de renda fixa. As maiores rentabilidades do mês foram registradas pelos índices que acompanham esses papéis. O IRF-M 1+, carteira de vencimento superior a um ano, avançou 1,41%. Já o IRF-M 1, com menor prazo (até um ano), teve alta de 1,29%.
“O mercado tem precificado o ciclo de queda da Selic, movimento que favorece os prefixados. A expectativa é que essa valorização continue até o início de 2026, quando as discussões sobre os cortes de juros do Banco Central estarão mais intensas”, afirma Marcelo Cidade, economista da Anbima.
O IMA-S, que replica a carteira de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), também cresceu 1,29% no mês.
Entre os títulos indexados à inflação, o IMA-B 5+, composto por NTN-Bs com vencimento superior a cinco anos, avançou 1,06%. A alta é semelhante à registrada pelo IMA-B 5, que reflete papéis com prazo de até cinco anos e variou 1,03%.
No consolidado, o IMA (Índice de Mercados da Anbima), que acompanha todos os títulos que compõem a dívida pública, teve rentabilidade de 1,23% em outubro.
Títulos corporativos
Já nas carteiras compostas por debêntures, o IDA-DI foi o destaque: os papéis indexados à taxa DI registraram crescimento de 1,08%.
Enquanto isso, o IDA-IPCA Ex-infraestrutura, composto por debêntures sem incentivo fiscal, avançou 0,73%. Já o destaque do mês anterior, o IDA-IPCA Infraestrutura, índice de debêntures incentivadas, teve queda de 0,59% em outubro.
A queda dos títulos incentivados impactou o resultado do IDA, índice que acompanha todas as debêntures marcadas a mercado, que fechou outubro com pequeno avanço: 0,32%.
Todos os resultados estarão disponíveis nesta semana no Boletim de Renda Fixa, que pode ser acessado no ANBIMA Data, nossa plataforma gratuita de dados dos mercados financeiro e de capitais.
A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa um ecossistema de cerca de 1.500 instituições de diversos segmentos, entre associados e instituições que seguem os códigos de autorregulação da entidade. São bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.