Títulos públicos de longo prazo apresentam as maiores rentabilidades do primeiro semestre
Os títulos públicos federais de longo prazo tiveram as melhores rentabilidades do primeiro semestre. De acordo com o Boletim de Renda Fixa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o IMA-B5+, índice que reflete o retorno médio das carteiras de NTN-Bs acima de cinco anos, teve valorização de 21,12% entre janeiro e junho. O resultado é o maior para o período desde 2007.
Os demais indicadores que acompanham os papéis de longo prazo, como o IRF-M1+, formado pelos títulos prefixados acima de um ano, e o IMA-B5, que reproduz carteiras de NTN-Bs até cinco anos, tiveram rentabilidades médias de 8,35% e 7,28%, respectivamente. “As expectativas para a aprovação da reforma da previdência e para um novo corte na Selic têm refletido nos preços dos ativos este ano, principalmente nos de longo prazo, que são mais sensíveis à atividade fiscal”, afirma Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da ANBIMA.
Entre os índices de prazos menores, o IRF-M1, que reflete os papéis até um ano, teve retorno de 3,32%, enquanto o IMA-S, que acompanha os títulos pós-fixados, registrou ganhos de 3,08%. Já o IMA-Geral, que aponta a rentabilidade média de todos os indicadores, apresentou alta de 7,9% entre janeiro e junho deste ano.
A procura maior dos investidores por ativos de renda fixa impactou a rentabilidade dos ativos corporativos no primeiro semestre. O IDA-IPCA Infraestrutura, índice que acompanha as debêntures indexadas ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e destinadas a projetos de infraestrutura, obteve retornos de 9,87% no período. Já o IDA-IPCA ex-Infraestrutura, que reflete as demais debêntures, teve rentabilidade de 8,07%.
Confira o boletim completo.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.